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    Eleições 2022

    Carlos França vê “estranheza” em ter observadores da União Europeia nas eleições

    Ministro das Relações Exteriores deu declaração em audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta (18)

    Gabrielle Varelada CNN , Brasília

    O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou nesta quarta (18) que é difícil ter observadores de uma organização da qual o Brasil não faz parte nas eleições, em referência à União Europeia.

    “Vi com certa estranheza porque acho difícil que possamos ter como observador eleitoral no Brasil uma organização da qual nós não fazemos parte. Isso envolve, claro, a nossa participação. O segundo ponto é o fato de que a União Europeia não costumar desdobrar missões eleitorais para as eleições dos seus próprios membros,” disse França.

    O ministro afirmou que emitiu uma nota de posicionamento ao Tribunal Superior Eleitoral sobre essa possibilidade. A declaração foi dada na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

    França destacou que tinha conhecimento do desejo do TSE no assunto e afirmou que havia outras organizações que poderiam participar também dessa observação eleitoral.

    “Nesse momento, eu fiz uma ponderação e acho que foi acatada, porque há outras organizações também, por exemplo o próprio ParlaSul, eu vejo isso tudo com muita naturalidade. O Carter Center, por exemplo, faz um trabalho excelente”, disse, em referência à organização não governamental criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.

    Carlos França pontuou ainda que uma aproximação com a União Europeia pode avançar, mas como o Brasil nunca fará parte como membro, essa decisão de não trazer os observadores não trouxe problemas.

    “Eu não acho que nós tenhamos causado um problema com a União Europeia. Eu penso que eles entenderam. Podemos ter o acordo Mercosul-União Europeia, podemos, sim, trabalhar com a OEA e com outros organismos”, concluiu.

    Nesta terça-feira (17), o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, anunciou ter convidado para atuarem como observadores das eleições de outubro todos os organismos e centros especializados internacionais relevantes na matéria: a Organização dos Estados Americanos (OEA); o Parlamento do Mercosul; a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); a União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE); o Centro Carter; a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES); e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral.

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