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    Eleições 2022

    Candidatos a presidente falam sobre os efeitos da guerra na economia do Brasil

    Preços dos combustíveis, fertilizantes e grãos sofrem os efeitos da invasão russa ao território da Ucrânia

    Da CNN

    A guerra da Rússia contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, provocou uma série de impactos na economia internacional, inclusive no Brasil. O conflito afetou, por exemplo, os preços e o abastecimento dos combustíveis, de fertilizantes e de grãos.

    Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que entre março de 2020 e março de 2022, a ureia, principal fertilizante derivado do nitrogênio, teve um aumento de 224%. O fósforo subiu 239%, e o potássio, 269%.

    Conforme a tabela de preços mínimos da safra de verão, divulgada no dia 6 de julho pelo Ministério da Agricultura, os reajustes chegaram a ter uma alta de até 107%, pressionados pela alta dos fertilizantes.

    A CNN perguntou aos pré-candidatos à Presidência da República o que eles pensam em fazer para minimizar os efeitos da guerra na economia do Brasil.

    Confira abaixo as respostas:

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Jair Bolsonaro (PL):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Ciro Gomes (PDT):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    André Janones (Avante):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Simone Tebet (MDB): 

    A candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Pablo Marçal (Pros):

    A principal guerra com que temos que nos preocupar é interna, causada pela polarização e que joga brasileiros contra brasileiros e a gente não avança. A verdade é que somos tão afetados pela guerra da Rússia contra a Ucrânia somente porque negligenciamos áreas estratégicas nos últimos anos. Como um país de dimensão continental, com recursos naturais e ambientais em abundância, sem ocorrências expressivas de desastres naturais é tão dependente de outras economias e mercados? Se não temos desastres naturais, produzimos a política polarizada para ser o nosso maior desastre.

    O escambo feito por FHC com a Vale do Rio Doce e a privatização do setor sem critérios colocou o Brasil totalmente dependente dos fertilizantes importados. O curioso é que até então éramos praticamente autossuficientes.

    A guerra entre esquerda e direita cega e ninguém viu que o gás proveniente do pré-sal podia ter sido aproveitado na produção de amônia e ureia. É triste ver que o país não avança na produção de energia, continua sucateado e refinando petróleo com tecnologia da década de 1950 e culpando a condição externa para esconder a sua falta de ação nessas áreas.

    Tem duas frases que eu uso muito, “quem aprende não depende” e “quem vive de decisão não depende de condição” que retratam bem o que deveríamos ter feito. Parece que os últimos presidentes do Brasil precisavam ter assistido aos meus cursos. Sou um homem de ação e o Brasil vai destravar fazendo o que precisa ser feito.

    Felipe d’Avila (Novo):

    Os efeitos da guerra na nossa economia são variados. Por um lado, itens importantes como o petróleo, fertilizantes e grãos ficam mais caros. Mas por outro lado, esse aumento generalizado nas commodities tem um efeito positivo nas nossas exportações. Não custa lembrar que o país arrecadou mais com exportação de petróleo para o exterior.

    Uma coisa que essa guerra deixou clara é a necessidade de buscarmos alternativas aos combustíveis fósseis, reduzindo nossa dependência do petróleo importado. Já tivemos programas nesse sentido, como o Proálcool, mas é necessário um plano de médio prazo para diminuir essa dependência.

    José Maria Eymael (DC):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Leonardo Pericles (UP):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Luciano Bivar (União Brasil):

    Para minimizar os efeitos da guerra na economia brasileira temos de agir em várias frentes. Meu projeto de implantação do Imposto Único Federal (IUF) vai conseguir recuperar a economia como um todo de forma rápida e eficaz. Os empresários vão pagar menos impostos e com isso poderão contratar mais. Os trabalhadores também pagarão bem menos tributos. Quem ganha até cinco salários mínimos não terá nenhum desconto na folha, isso sem perder nenhum direito.

    Com mais empregos e mais renda no bolso das pessoas, a economia fica fortalecida.

    Sofia Manzano (PCB):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Vera Lúcia (PSTU):

    Primeiro gostaríamos de pontuar que somos solidários e estamos ao lado da resistência ucraniana pela derrota da invasão militar russa. Defendemos uma Ucrânia unificada e livre da opressão russa e, também, livre das garras dos Estados Unidos, da Otan e da União Europeia.

    Sobre os impactos da guerra na economia brasileira devemos reverter com as seguintes medidas:

    – Fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que tem elevado exorbitantemente os preços do combustível e do gás de cozinha, imposta a partir do governo Temer, em 2016, e mantida por Bolsonaro. Por essa política, os preços cobrados no Brasil são determinados pela cotação da commodity no mercado internacional, e em dólar. Ou seja, os custos da Petrobras para a exploração do petróleo são reais, mas o preço cobrado aqui é o que se cobra lá fora em dólar. Isso prejudica a população brasileira e favorece os acionistas – banqueiros e especuladores – que detêm os títulos da Petrobras na bolsa de Nova York;

    – Pôr um fim na política de desmonte da Petrobras, principalmente as refinarias, que visa manter o país cada vez mais dependente do petróleo refinado, fazendo que vendamos petróleo cru para comprar o refinado, mais caro. É uma lógica colonial de transformar o país em fornecedor de matéria-prima e dependente de produtos de maior valor agregado;

    – Transformaremos a Petrobras em uma empresa 100% estatal, sem qualquer ação na mão de especulador ou banqueiro. Uma empresa que funcionará sob controle dos trabalhadores, para suprir as necessidades da população, vendendo o combustível e o gás de cozinha aqui a preço de custo. O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, não tem porquê pagamos caro por combustível e gás de cozinha;

    – Quanto à produção de fertilizantes, vamos reestatizar as fábricas de fertilizantes da Petrobras (Fafens) que foram privatizadas. Assim, vamos voltar a produzir fertilizantes em nosso país, sem ficar refém de produtores internacionais que estão preocupados em apenas lucrar.

    Fotos – Os candidatos e pré-candidatos à Presidência