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    Candidatos a presidente falam sobre o bicentenário da Independência

    Brasil comemora os 200 anos da independência em 7 de setembro; programação celebra a data

    Cerimônia de chegada do coração de D. Pedro I, em Brasília, com a escola dos Dragões da Independência
    Cerimônia de chegada do coração de D. Pedro I, em Brasília, com a escola dos Dragões da Independência Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

    Da CNN

    O Brasil comemora os 200 anos da Independência no dia 7 de setembro. Ao longo do ano, o governo federal realizou uma programação de celebrações do bicentenário, como o recebimento do coração de D. Pedro I, e criou uma campanha publicitária.

    No feriado do dia 7, militares da Marinha, da Esquadrilha da Fumaça e paraquedistas devem se apresentar na orla de Copacabana, na zona sul do Rio.

    A CNN perguntou aos candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre o bicentenário da Independência e sua comemoração.

    Confira abaixo as respostas:

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Jair Bolsonaro (PL):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Ciro Gomes (PDT):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Simone Tebet (MDB):

    A candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Felipe D’Avila (Novo):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Pablo Marçal (Pros):

    Esse bicentenário comemora não apenas um marco histórico, celebra a vocação de um povo para a liberdade e o inconfomismo com a escravidão, seja física ou emocional, como a ideológica que vivemos hoje.

    A independência é um processo contínuo porque sempre haverão alienadores tentando suprimir nosso direito de ser livres. O grito às margens do Ipiranga, ”independência ou morte”, reflete o preço da liberdade e nos mostra que vale a pena lutar e viver por ela com todas as forças. Os símbolos da pátria, nosso hino, bandeira, cores, brasão de armas, os marcos da nossa história, são ícones do que significa ser livres como pessoas, como povo e nação.

    A pátria deve ser amada e, como mãe gentil, cultivada no coração de cada brasileiro para combater a divisão e a doença da polarização. Comemorar esse aniversário de 200 anos é lembrar que, nesse dia, apenas proclamamos aquilo que sempre fomos: um país livre, composto por um povo gentil, hospitaleiro, criativo, pacifico, apaixonado por gente e abençoado por Deus antes mesmo da fundação do mundo.

    A essência do nosso Brasil é a miscelânia de cores e povos e, nessa essência, não há lugar para ódio, discriminação, falta de amor ao próximo e falta de empatia. Precisamos contar e recontar nossa história aos nossos filhos e mostrar que o Brasil não é o país do futuro, aquele futuro que nunca chega. O meu Brasil é o país do presente e o que fazemos com esse presente é o que deixaremos de legado às futuras gerações, nossos filhos, netos, bisnetos e os que vierem depois.

    Soraya Thronicke (União Brasil):

    A celebração da Independência da República é uma tradição para nós brasileiros. Este ano, em especial, comemoramos em 7 de setembro o bicentenário da Independência do Brasil e, como esperado, há uma agenda alusiva à data prevista para acontecer até o fim do ano.

    É importante lembrarmos que as datas oficiais, os símbolos nacionais, o território e as instituições pertencem a todos os brasileiros, independentemente de ideologia política. Lamento, ainda, que não tenhamos muito a comemorar neste bicentenário perante à situação em que se encontra o Brasil: desemprego, fome e desesperança.

    Não menos importante: ainda choramos as mortes em decorrência da Covid-19 em meio a um triste cenário de polarização política.

    Espero que os próximos 200 anos do País sejam de dias melhores e de união entre todos os brasileiros. E, para que isso aconteça, a primeira providência é mudarmos o comando do País e restituir à autoridade do presidente da República – e que este ou esta, de fato, olhe para o passado com respeito, mas com os olhos voltados para o futuro; cuide das contas públicas, combata com afinco a corrupção e tudo mais que não está certo; e olhe para as pessoas.

    Tem gente juntando lixo para comer e isso não tem nada a ver com o amarelo da bandeira nacional, que remete à fartura e às riquezas do Brasil.

    José Maria Eymael (DC):

    É a data magna da independência do Brasil. Mas é importante homenagearmos todos os participantes das lutas pela independência. Como candidato a Presidência da República, considero extremamente importante as comemorações da nossa independência como o registro de um passado heroico e uma mensagem de esperança para o futuro.

    Leonardo Péricles (UP):

    O Brasil está vivendo mais um capítulo da história de desprezo das classes dominantes e de seu governo para com os heróis e heroínas do nosso povo. Ao custo de milhões de reais dos cofres públicos, o Palácio do Planalto preparou o traslado do coração de dom Pedro I de Portugal para o Brasil, além de uma série de cerimônias.

    O ministro das Relação Exteriores, Carlos França, justificou o evento dizendo que “é de grande significado que o país receba o coração do seu libertador”. Mas o que dom Pedro libertou? Nada!

    Como sabemos, desde que Portugal invadiu este território e apropriou-se das terras, heroicas guerras e revoltas foram desencadeadas pelos povos indígenas, negros e por patriotas que não aceitavam a dominação do Brasil por uma potência estrangeira.

    Não bastasse, dom Pedro I tornou o Brasil ainda mais dependente da Inglaterra e de Portugal, pois, dois anos após o 7 de setembro de 1822, o imperador tomou um empréstimo no valor de 3.000.000 libras esterlinas da Inglaterra, que o povo brasileiro pagou por mais de 65 anos sem nada receber em troca. Um ano depois, em 1825, dom Pedro I aceitou pagar um empréstimo contraído por Portugal em Londres, a título de indenizar a Coroa portuguesa pela perda da colônia. Quer dizer, o grito de independência às margens do Ipiranga nos custou dois milionários empréstimos.

    Em 1823, o imperador dom Pedro I convocou uma Constituinte. Ao perceber que os deputados aprovaram vários direitos para o povo, dissolveu a Constituinte e mandou o Exército prender e exilar vários de seus opositores.

    Pior, após a dita independência, o Brasil assinou acordo com Portugal aprovando a continuidade da política de escravização dos povos africanos e mantendo o odioso comércio de seres humanos. Por isso, durante o reinado de dom Pedro I (e também do seu filho, dom Pedro II), os negros eram escravizados e submetidos com frequência a castigos como troncos, placas de ferro, gargalheiras, correntes e ferros quentes.

    Em 7 de janeiro de 1831, dom Pedro I estabeleceu o Código Criminal do Império que, entre outras atrocidades, punia com a pena de morte o negro ou negra que praticasse “ofensa” ao senhor ou membro de sua família e os proibia de participar até de atividade religiosa. Os trabalhadores considerados livres viviam na pobreza, e impostos abusivos eram cobrados dos brasileiros para sustentar a monarquia. Assim agia o coração de dom Pedro I com o povo negro.

    Por isso, no dia 7 de setembro, devemos homenagear Zumbi e Dandara dos Palmares, Tiradentes, Frei Caneca e tantos outros que mostraram que, para conquistar a liberdade e uma nova vida, é preciso lutar.

    Sofia Manzano (PCB):

    A candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Vera Lúcia (PSTU):

    O bicentenário é uma boa data para relembrarmos que a independência aqui foi feita em um conchavo das classes privilegiadas, a despeito de imensas lutas dos escravos e do povo brasileiro, seja pela Abolição ou pela República.

    Tanto é assim que fomos de Colônia para Império com os próprios herdeiros portugueses, inclusive da mesma família, governando.

    A verdade é que de lá pra cá, ainda que formalmente independentes, seguimos subjugados e semicolonizados seja pelos portugueses, ingleses e agora os EUA e demais países ricos, que sugam nossas riquezas, através das suas multinacionais e bancos e enviam a maior parte dos seus lucros para fora do país.

    Assim, esperamos que este bicentenário sirva para lembrar que precisamos de uma segunda e verdadeira independência, onde não estejamos subjugados nem politicamente nem economicamente por nenhuma potência estrangeira. E, que seja o povo, com o poder nas mãos, que defina os rumos desse país e que possa assim acertar as contas com a grande burguesia nacional e estrangeira, herdeira dos escravocratas, que até hoje lucram à custa do sofrimento do nosso povo.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

    GALERIA — As fotos dos candidatos que irão aparecer nas urnas