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    Eleições 2022

    Campanha de Lula tenta evitar migração de voto católico para Bolsonaro

    Bloco de partidos que apoia petista promoveu reunião nesta segunda-feira (10) para traçar diretrizes para o segundo turno

    Gustavo Uribeda CNN em Brasília

    Com o debate religioso ganhando protagonismo no segundo turno, a campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute estratégias para evitar uma desidratação junto ao eleitorado católico.

    Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, o candidato petista tem vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segmento religioso, que representa mais de 50% da população brasileira.

    Dirigentes petistas se mostram preocupados com o que definem como uma campanha de Bolsonaro, nas redes sociais, focada no discurso do “bem contra o mal”. Em reserva, esses dirigentes alertam para uma eventual perda de apoio e migração de votos católicos a Bolsonaro.

    O embate nas redes sociais foi um dos temas que protagonizou reunião promovida nesta segunda-feira (10) entre os coordenadores da campanha petista ao Palácio do Planalto.

    Católicos e Evangélicos

    Como reação, segundo relatos feitos à CNN, lideranças de partidos aliados voltaram a defender a publicação de uma carta aos cristãos, com compromissos na área social, como de combate à desigualdade e à falta de moradia.

    O documento está pronto desde o primeiro turno, mas Lula resiste em divulgá-lo. Agora, em meio ao debate de uma carta aos evangélicos, a ideia é incorporá-la a um documento que unifique as propostas para os dois segmentos religiosos.

    Além disso, a proposta é que o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin intensifique encontros com integrantes da cúpula da Igreja Católica. Segundo relatos feitos à CNN, antes do primeiro turno, ele teve conversa com o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.

    Apesar de Lula ter decidido não comparecer à Basílica de Aparecida nesta quarta-feira (12), dirigentes petistas devem participar de missas católicas pelo país.

    O candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, por exemplo, programa visita ao padre Rosalvino, da Ordem Social Dom Bosco de Itaquera. Alckmin também deve participar de missas em São Paulo.

    A ideia, segundo dirigentes petistas, é tentar fazer uma espécie de muro de contenção sobre os católicos, evitando que Bolsonaro avance sobre esse eleitorado.
    Papel de Tebet

    Na reunião desta segunda, os partidos aliados também discutiram o papel da senadora Simone Tebet, do MDB, na campanha presidencial.

    Segundo lideranças presentes, ficou acordado que, inicialmente, a candidata deve gravar participação para a campanha petista na quinta-feira (13). E deve iniciar a sua agenda de viagens pela Região Sul, onde Lula perdeu em todos os estados no primeiro turno, com foco nos eleitores católicos, nas mulheres e na classe média.

    Para a semana que vem, houve também discussão para a presença de Lula e Tebet no Amazonas, para ajudar na campanha do senador Eduardo Braga, do MDB, ao governo estadual.