Campanha de Lula pede ao TSE providências sobre supostas fake news em perfis
Entre os perfis estão os de diversas autoridades, entre elas filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL) – Eduardo e Carlos – e a deputada Carla Zambelli
A Coligação Brasil da Esperança, liderada pelo PT, apresentou, nesta sexta-feira (7), uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra 34 perfis que, segundo o partido, são disseminadores assíduos de notícias falsas.
Entre os perfis estão os de diversas autoridades, entre elas filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL) –Eduardo e Carlos – e a deputada Carla Zambelli.
A coligação do PT pede que o TSE cobre o Twitter por providências contra esses 34 perfis, que têm sido alvos frequentes de ações dos petistas na Justiça Eleitoral por causa de desinformações.
“Tem-se que a curadoria firmada, tanto pela plataforma com o Tribunal Superior Eleitoral quanto compromissada com seus próprios usuários, não está surtindo os efeitos desejados. Em verdade, não está sendo cumprida. Isso porque, diversas são as violências políticas propagadas pela plataforma que não são enfrentadas de forma rápida e efetiva – de modo a permitir que os usuários sejam bombardeados por falsas informações”, afirmou o PT.
A coligação afirma que precisa “diuturnamente” acionar a Corte eleitoral para remover publicações com notícias falsas ou fora de contexto. O PT cita diversos casos, como decisões que envolvem a associação com o assassinato de Celso Daniel, com o PCC e com Suzane Von Richtoffen, um áudio falso do ex-ministro Antonio Palocci, o que ficou conhecido como “kit gay”, entre outros assuntos.
O PT pede que o TSE acione o Twitter para que seja cumprido o memorando estabelecido entre a plataforma e o Tribunal contra a disseminação de notícias falsas.
O partido ainda quer que a rede social remova todas as publicações desses perfis que contenham desinformações já identificadas pelo TSE em alguma decisão, mesmo que os posts não tenham sido alvo específico de um pedido feito à Justiça.
De acordo com a coligação do PT, “é possível perceber uma unicidade quanto aos temas e quanto os usuários que publicam reiteradamente fake news – criando uma verdadeira guerra cultural que polariza o cenário eleitoral entre o alegado bem contra o mal”.
Outro lado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos alvos da ação, chamou o pedido de censura. Em publicação no Twitter, o filho do presidente citou o que chamou de “lista de 34 perfis que o advogado de Lula, Cristiano Zanin, pediu hoje ao TSE para censurar”.
O vereador Carlos Bolsonaro, outro citado na ação, afirmou que a coligação de Lula (chamada por ele de “facção”) “acaba de emitir o mais temerário sinal contra a liberdade”. “Se posicionar contra essa corja só tem a ver com você. Amanhã tentarão fazer o mesmo contigo se disser que amarelo é azul! Aonde estão as fakenews?”, declarou.
A deputada Carla Zambelli compartilhou uma publicação que chama a campanha de Lula de “chavista” por ter apresentado o pedido ao TSE.
A CNN entrou em contato com sua assessoria para uma posição sobre o assunto, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.