Campanha de Lula elabora plano para tentar atrair agro
Coordenadores na área de agronegócio organizam propostas para o setor que serão apresentadas ao candidato do PT

Os coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva na área de agronegócio, senador Carlos Favaro e o ex-ministro Neri Geller, elaboram um programa de governo específico para o setor que deverá ser entregue na próxima semana ao candidato.
Batizado por ora de “Plano de Governo para o Agronegócio Brasileiro”, ele prevê por exemplo contrapartidas aos agricultores que implementarem medidas sociais e ambientais.
Uma das ideias, chamada de “Agro Social”, prevê atrelar a redução de juros a medidas como a implementação de um “Plano de Previdência Privada aos seus colaboradores” e a quem “garantir assistência médica e/ou qualificação profissional aos funcionários”.
Em outro item referente ao custeio do Plano Safra, o plano prevê a redução de juros na concessão de crédito para produtores que “fomentem a cadeia do uso de bioinsumo e promovem a produção de baixo carbono”, “que ofereçam assistência médica e odontológica aos colaboradores” e que “promoverem cursos de qualificação profissional aos seus colaboradores”.
Há ainda uma série de sugestões de práticas sustentáveis, dentre elas o incentivo à “transformação de pastagens degradadas em lavouras de soja/milho com baixo carbono”. A medida é vista como uma forma de diminuir a pressão de desmatamento sobre a Amazônia. Outra proposta nesse sentido é o pagamento do ativo ambiental por força de lei e regulamentação nacional e internacional.
Além disso, há outras medidas sendo estudas como incentivos a inovações tecnológicas, o fortalecimento do Programa para Construção de Armazéns através da disponibilização de recursos com baixas taxas de juros, a abertura de opção para aquisição de máquinas e equipamentos em dólar e a possibilidade de abertura do mercado de crédito agrícola no país.
Na campanha de Lula, não há pretensão de se conquistar todo o setor do agronegócio, segmento majoritariamente favorável ao presidente Jair Bolsonaro. Ainda mais após recentes declarações de petistas acusando agricultores de fascistas.
Mas há uma estratégia de ampliar o diálogo, apresentar propostas e reduzir a rejeição do setor ao petismo. Para tanto, a ideia é se aproximar de lideranças setoriais e de empresários agrícolas.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos a presidente em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook