Campanha de Lula decide antecipar anúncios com metas para programas como o Bolsa Família
Acenos concretos ao agronegócio e agenda robusta na área ambiental também estão no radar
A campanha do ex-presidente Lula decidiu antecipar anúncios e colocar na rua metas concretas para um eventual novo governo petista.
Transformar o formato do novo Bolsa Família em promessa de campanha é carro-chefe da estratégia, segundo integrantes do QG petista. Mas o plano vai além disso. O programa, que foi rebatizado para “Auxílio Brasil” por Jair Bolsonaro, será ampliado e terá um valor maior de forma permanente. O plano é que o benefício seja, ao menos, os atuais R$ 600 mais a inflação acumulada para o ano que vem.
Além disso, a campanha do PT entende que é preciso desenhar e divulgar metas para programas que são marcas de governos petista, como o habitacional Minha Casa, Minha Vida, o Fies e o Prouni. Os números que serão apresentados ainda estão sendo fechados. Acenos concretos ao agronegócio, com formato do Plano Safra para um governo Lula, e agenda robusta na área ambiental também estão no radar.
O entendimento é que compromissos com o meio ambiente conectam Lula com o eleitorado jovem e com a ideia de que ele vai retomar o diálogo do Brasil com o mundo.
Para a campanha, Lula não pode mais “jogar parado” e precisa começar a “marcar gol”, diz um aliado do petista. De um lado, a campanha entrou em modo “fazer de tudo para levar no primeiro turno”, diz um integrante do QG petista. Por outro lado, há o diagnóstico de que Bolsonaro deve crescer em agosto entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos com chegada do novo Auxílio Brasil. Por isso, fazer anúncios objetivos, com metas e acenos para o primeiro ano de governo Lula passa a ser crucial para conter a melhora do rival e também avançar.
Antes, havia avaliação de que diretrizes mais gerais e a memória dos governos Lula comporiam o centro da estratégia. E metas mais concretas poderiam ficar para um eventual governo de transição. O cenário mudou e a ordem agora é colocar um pouco da cara do novo governo Lula na rua, explorando as propostas na campanha intensamente.
O time de Lula trabalha para finalizar o programa de governo até meados de agosto, quando começa a propaganda eleitoral e próximo ao início do horário eleitoral na televisão. Após o lançamento das diretrizes do plano de governo, foram recebidas cerca de 15 mil contribuições para o programa de governo.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos a presidente
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook