Campanha de Lula aposta em dupla Alckmin e Tebet para reduzir abstenção
Equipe da senadora tem conversa marcada nesta semana com a campanha petista para discutir estratégia política e agenda de viagens da emedebista
A campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem discutido uma atuação conjunta de Geraldo Alckmin com Simone Tebet (MDB) na tentativa de evitar um alto índice de abstenção no segundo turno eleitoral.
A ideia defendida por dirigentes petistas é de que os dois políticos de centro atuem sobre segmentos específicos do eleitorado, evitando migração de votos para Jair Bolsonaro (PL) ou ausências no dia do pleito.
A taxa de abstenção no primeiro turno das eleições deste ano chegou a quase 21% do eleitorado brasileiro. Este é o maior número de eleitores que não compareceram ao primeiro turno desde 1998.
O foco de atuação da dupla discutido por dirigentes petistas é sobre o eleitorado feminino, católico e rural. Com agendas, por exemplo, nas regiões Sul e Centro-Oeste, onde Bolsonaro obteve vitória em todos os estados.
A equipe de Tebet tem encontros marcados para o início desta semana com a campanha petista. Em conversa com a CNN Brasil, Tebet disse que deve se concentrar na disputa nacional a partir de quarta-feira (12).
A ideia é de que a agenda da senadora não faça um contraponto às posições de seu partido nas disputas estaduais. Como é o caso de São Paulo, por exemplo, onde o MDB apoia Tarcísio de Freitas, não Fernando Haddad.
A senadora sinalizou que pretende apoiar candidatos estaduais de partidos que a apoiaram no primeiro turno, como é o caso de Eduardo Braga (Amazonas), Pedro Cunha Lima (Paraíba) e Raquel Lyra (Pernambuco).
