Campanha de Bolsonaro tenta dissociar Auxílio Brasil de Bolsa Família
Propagandas televisivas do PL devem explorar a identificação do programa social com o presidente, já que pesquisas internas apontam dificuldade de associação por parte do eleitorado
A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro prepara estratégia política na tentativa de dissociar o Auxílio Brasil do Bolsa Família, programa social criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A avaliação da coordenação política, com base em pesquisas internas, aponta que parte do eleitorado ainda chama o novo programa social pelo seu antigo nome, Bolsa Família, associando-o ao ex-presidente petista.
O diagnóstico, feito à CNN, é o de que a percepção desses eleitores, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, tem limitado a perspectiva de crescimento do presidente nas pesquisas eleitorais.
Além da orientação para que Bolsonaro se refira mais ao programa social em discursos oficiais, o PL deve explorar o benefício social em suas inserções partidárias previstas para junho.
O Auxílio Brasil foi criado no ano passado como uma reformulação do Bolsa Família. O programa social é mais amplo que o anterior: o número de famílias contempladas é maior, assim como o valor médio.
A mudança do nome teve justamente como objetivo retirar as digitais petistas do benefício federal, criando uma bandeira social para a atual gestão em ano eleitoral.
Em meio à recuperação do cenário pandêmico, o Auxílio Brasil tem ajudado a complementar a renda média da população carente, mas o aumento da inflação e a redução dos salários tem limitado seu impacto.
Segundo cálculos feitos pela LCA Consultores, o Auxílio Brasil deve representar, neste ano, 2,2% do total da massa de renda do país, que é a soma de tudo que todos os brasileiros recebem em salários do trabalho.
O Bolsa Família, extinto no ano passado, já representava cerca de 1% dessa massa de renda.
Ou seja, o Auxílio Brasil acrescentou pouco mais de 1 ponto percentual ao total de dinheiro disponível para consumo no país.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
Os pré-candidatos à Presidência
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook