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    Eleições 2022

    Campanha de Bolsonaro deve mudar propaganda e apostar em estilo informal do presidente

    Ideia é que as peças publicitárias mostrem um Bolsonaro mais descontraído, com maior presença do presidente em contato com a população

    Basília RodriguesGustavo Uribeda CNN , Brasília

    Com o desafio de ampliar o diálogo com a população de baixa renda e tentar avançar sobre o eleitor moderado, as propagandas televisiva e radiofônica do presidente Jair Bolsonaro devem adotar um novo formato.

    Segundo relatos feitos à CNN, a equipe de publicidade da campanha à reeleição, que ganhou novos reforços, decidiu dar mais informalidade às peças.

    As críticas a seu rival na disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuam a protagonizar os momentos mais agressivos da campanha.

    Mas o tempo dedicado ao lado propositivo vai mostrar um Bolsonaro mais informal e descontraído, como um homem do povo, dizem auxiliares do presidente.

    A ideia é substituir o cenário padrão das últimas propagandas eleitorais, com o presidente sentado em uma mesa e lendo textos previamente definidos, por uma presença maior dele em ambientes com público, falando diretamente com o eleitorado e sem discurso ensaiado.

    Além disso, a equipe de publicidade deve introduzir conversas do presidente com apresentadores ou convidados, ao estilo dos podcasts, que ganharam nos últimos anos projeção nacional.

    Segundo integrantes da campanha, o propósito é explorar a espontaneidade do presidente na tentativa de suavizar a sua imagem e diminuir seus índices de rejeição, que, segundo as pesquisas de intenção de voto, são superiores ao do ex-presidente Lula.

    A adoção de um novo formato acompanha reforços na equipe de publicidade da campanha à reeleição.

    Além do marqueteiro Duda Lima, o publicitário paulista Allan Barros tem ganhado espaço na equipe de comunicação.

    Ele tem participado de reuniões políticas e tem experiência em comunicação com a região Nordeste, onde está concentrada a maior parte do eleitorado de baixa renda e metade das famílias que recebe o Auxílio Brasil.

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