Câmara aprova urgência de projeto que proíbe edição ou adaptação da Bíblia
Justificativa diz que alteração poderia configurar intolerância religiosa e até uma “grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião”
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) a urgência de um projeto de lei que proíbe qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia.
O texto foi apresentado pelo deputado federal Sargento Isidório (Avante-BA) em agosto de 2019. Ele é conhecido por andar com uma Bíblia ou placa com manifestações políticas nas mãos pelo Parlamento.
O projeto conta com apenas um parágrafo principal. O texto diz que fica “vedada qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento em seus capítulos ou versículos, sendo garantida a pregação do seu conteúdo em todo território nacional”.
Na justificativa do projeto, Sargento Isidório diz que qualquer alteração na redação da Bíblia pode configurar intolerância religiosa e até uma “grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião”.
“Por isso, nossa legítima preocupação em tombar esse texto sagrado através do Parlamento Federal, garantindo uma vez por todas, a inviolabilidade de sua redação e sua explanação pública no Brasil”, complementa o texto.
Ele cita a diferente quantidade de livros, capítulos e versículos entre a Bíblia evangélica e a Bíblia Católica, mas defende que “pode-se afirmar, sem medo de errar, que todos creem na existência de um Deus Soberano”.
Ao todo, 17 deputados assinaram o requerimento em apoio à urgência na tramitação do projeto. A maioria é formada por líderes partidários, entre eles do Avante, PL, PCdoB, PSC, PSD e PSDB.