Caio Junqueira: Privatizações são o grande teste político de Tarcísio
Metroviários entraram em greve contra privatizações nesta terça-feira (3)
O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sentiu, nesta terça-feira (3), a clara diferença entre ser um tecnocrata em Brasília e comandar um estado como São Paulo.
Tarcísio tem uma agenda ousada de privatizações e concessões, mas percebeu que terá dificuldades para torná-la realidade.
Setores muito organizados da sociedade ligados à esquerda — e fortalecidos com o retorno de Lula ao poder — pararam a maior cidade do país.
Eles não têm outro objetivo senão ver Tarcísio fraco porque, para eles, Tarcísio fraco significa esquerda forte.
O governador, porém, não deveria, como sugeriu, enxergar a greve de hoje apenas como uma luta entre campos políticos antagônicos.
Boa parte de sua base ao centro e à direita ainda tem dúvidas, por exemplo, sobre a principal privatização do estado, a da Sabesp.
Esses aliados não querem um Tarcísio fraco como a esquerda quer, mas um governador que seja o gestor que se apresentou na campanha de 2022, e que também faça política. Porque, sem ela, a gestão fica muito mais difícil.
É por isso que a agenda de privatizações virou o maior teste político de Tarcísio.