Buscas por André do Rap unem polícias civil, militar, federal e Interpol
Cúpula do Ministério Público de São Paulo está pessimista sobre a possibilidade de recapturar o traficante, ligado à facção criminosa PCC
No momento em que a busca pelo traficante André do Rap ultrapassa as fronteiras do Brasil, as forças policiais se uniram para tentar desvendar o plano de fuga e recuperar o chefe de uma das maiores facções criminosas da América Latina, o PCC.
A Polícia Militar soltou um alerta com nome e foto de André do Rap para mais de 1800 bloqueios que estão montados para as operações ‘São Paulo Mais Segura’ e ‘Divisa’. A PM está com efetivo reforçado por causa do feriado de Nossa Senhora Aparecida.
Já a Polícia Civil envolveu três delegacias especializadas nas buscas: o Departamento de Operações Especiais (Dope), o Departamento de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que só pela Polícia Civil paulista são mais de 600 homens na lá buscas por André de Oliveira Macedo.
Uma das hipóteses é de que o traficante condenado tenha fugido para Maringá, no interior do Paraná, e de lá tenha ido de jatinho para o Paraguai.
“A Polícia Federal e a Polícia Civil do Paraná estão em diligência pra verificar se ele ainda está naquele estado ou se ele já fugiu pra outro país, porque a informação que temos também é que ele teria um aviãozinho particular à sua disposição”, disse à CNN o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco.
MP pessimista
Membros da cúpula do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) veem com pessimismo a possibilidade de recaptura de André do Rap.
Na opinião dos promotores, as oito horas que se passaram entre a soltura do traficante por ordem do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a decisão do presidente do Supremo Luiz Fux, revogando a soltura, foram suficientes para ele deixasse o país.
A principal hipótese com a qual os policiais responsáveis pela busca trabalham é que o traficante esteja no Paraguai ou na Bolívia, onde as operações de recaptura são muito mais difíceis. Adidos da Polícia Federal e a Interpol foram envolvidos na busca por André do Rap.