Bruno Engler defende que vacinação contra Covid-19 não seja obrigatória em BH
Candidato do PRTB afirmou, porém, que ajudará na distribuição do imunizante para quem tiver interesse caso governo do estado adquira doses
O candidato do PRTB à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler, afirmou nesta sexta-feira (30), em sabatina à CNN, que não comprará a Coronavac, vacina contra Covid-19 do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, e também não tornará obrigatória a imunização no município.
“Caso o governo de Minas Gerais venha a comprar essa vacina, a prefeitura vai ajudar na operacionalização da distribuição para aqueles que desejarem. Agora, aqueles que não quiserem tomar a vacina, jamais serão obrigados”, disse.
“A questão é a seguinte: essa vacina não tem a menor comprovação, não sabemos os riscos dessa vacina ao contrário da cloroquina, que está aí desde a década de 1950 e, antes da pandemia, era vendida sem tarja, porque conhecemos os efeitos colaterais”, completou.
Ainda falando sobre como pretende tratar a questão da pandemia na área da Saúde, Engler disse que, caso eleito, pretende disponibilizar para os moradores da cidade o que chamou de “tratamento precoce” da doença, com uso de hidroxicloroquina, azitromicina e zinco.
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“É um tratamento que, onde foi implementado, deu resultado gerando menos internações e mortes”, afirmou. Ele disse ainda que pretende manter a cidade aberta e, se necessário, construirá um hospital de campanha para se preparar para uma eventual segunda onda da doença.
Engler afirmou também que vai permitir o funcionamento em horário normal dos comércios. “É uma questão de lógica: se você tem um mesmo número de pessoas que precisa ir a um estabelecimento em horário menor, você terá uma concentração maior de pessoas”, opinou.
Para ajudar o setor a se recuperar dos efeitos da pandemia, o candidato disse que vai conversar com os empresários e, se possível, vai ajudar com a renegociação de impostos municipais, com a desburocratização e com o perdão de multas aplicadas na pandemia.
Outra área que ele prometeu “normalizar” o funcionamento foi o da educação. Engler disse que, se eleito, vai permitir a volta das aulas presenciais tanto na rede particular quanto na rede pública.
“O atual prefeito fechou todas as escolas municipais e não temos nem aulas presenciais nem virtuais. Vamos permitir a volta do ensino presencial na rede privada e instituir a volta do regime presencial na rede pública, com opção do ensino à distância para quem não se sentir seguro a voltar ainda. Além disso, vamos aderir ao modelos das escolas cívico-militares do Ministério da Educação (MEC), um modelo que, onde foi implementado, deu resultados de melhora educacional”, afirmou.
Questionado sobre o maior custo para implementar e gerir escolas cívico-militares, ele disse que, ao aderir ao programa federal, o próprio MEC custeia a transição das primeiras escolas. “Depois, vamos buscar parcerias com o governo do estado e com a Polícia Militar para podermos ampliar esse modelo.”
Ao falar sobre o problema das enchentes na cidade, Engler disse que vai atuar em duas frentes: o desassoreamento de nossos rios e a mudança do sistema de bocas de lobos, com a instalação de barreiras físicas “para a água ir de maneira mais devagar de onde ela cai até a bacia hidrográfica”.
“Sobre os moradores de área de risco, é uma questão extremamente delicada e precisamos trabalhar junto com o estado e a União em programas de moradia popular para podermos realocar essas pessoas.”
Por fim, ao falar sobre a polêmica envolvendo sua campanha – o partido indicou um vice-prefeito e ele escolheu outra pessoa –, Engler afirmou que fez um acordo com o presidente do PRTB, Levy Fidelix, ao se filiar ao partido.
“Estamos disputando na Justiça eleitoral a questão do vice. Antes de me filiar ao PRTB eu fechei um acordo com o Levy Fidelix para ter autonomia para gerir minha candidatura. Ele não está cumprindo o acordo, está faltando com a palavra”, concluiu.