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    Bruno Covas assume segundo mandato em São Paulo com maioria na Câmara

    Prefeito reeleito optou por manter 14 nomes da atual gestão; no Legislativo, base segue forte, mas PSDB perdeu expressão na Câmara Municipal

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    Bruno Covas, do PSDB, toma posse nesta sexta-feira (1º) para o seu segundo mandato como prefeito de São Paulo. O primeiro mandato, iniciado em abril de 2018, foi herdado do hoje governador paulista João Doria (PSDB).

    A cerimônia de posse de Covas e do vice-prefeito eleito Ricardo Nunes (MDB) está marcada para as 15h, na Câmara Municipal. Inicialmente, a previsão era a de que os 55 vereadores eleitos tomassem posse também presencialmente, mas a orientação foi alterada. A presença passou a ser opcional e desaconselhada.

    O prefeito Bruno Covas foi reeleito em 29 de novembro, quando derrotou Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições municipais. Ele recebeu um total de 3.169.121 votos, o equivalente a 59,38% do total dos votos válidos.

    Covas e Ricardo Nunes assumem para um mandato com duração de quatro anos, até 31 de dezembro de 2024, com um ativo precioso: uma bancada expressiva na Câmara Municipal de São Paulo.

    Apenas considerando os partidos que compuseram a coligação vitoriosa, a administração já possui 25 das 55 cadeiras. Considerada a presença dos partidos que aderiram a Covas no segundo turno, como o Republicanos de Celso Russomanno, que tem quatro vereadores eleitos, o prefeito larga com apoio da maioria do legislativo municipal.

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    Ao longo dos últimos quatro anos, o PSDB conseguiu manter um aliado comandando o legislativo. Na primeira metade da legislatura, foi Milton Leite (DEM); nos últimos dois anos, o cargo foi ocupado por um vereador do próprio PSDB, Eduardo Tuma.

    A força do PSDB na Câmara Municipal, no entanto, recuou. O partido viu a bancada de vereadores, que tinha 11 membros eleitos em 2016, cair para oito vereadores no último pleito. Os tucanos seguem compondo a maior bancada, mas agora empatado com o PT, também com oito parlamentares.

    Com o resultado das urnas, ganharam força o DEM e o PSOL. Os democratas, aliados a Covas, passaram de 4 para 6 vereadores e terão mais margem para negociações com a Prefeitura. Já o PSOL de Boulos, presença certa na oposição, triplicou de tamanho, com os mesmos seis vereadores — eram dois.

    Essa força no Legislativo municipal também rende polêmicas. Bruno Covas chega ao dia inaugural do seu segundo mandato desgastado por um projeto de lei aprovado pelos vereadores e sancionado por ele que aumentou o salário do prefeito de São Paulo — ou seja, o dele mesmo — em 46,6%, passando de R$ 24,1 mil para R$ 35,4 mil.

    A repercussão da medida foi ainda pior ao vir acompanhada de uma outra decisão, de Covas e do governador João Doria, que revogou a gratuidade no transporte público para quem tem entre 60 e 64 anos. A partir de 2021, a gratuidade vale apenas para quem tem 65 anos ou mais.

    Secretários

    Em seu segundo mandato, o prefeito reeleito Bruno Covas decidiu manter 11 dos atuais secretários municipais. Entre eles, o atual secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, que exerce função importante diante da pandemia do novo coronavírus.

    O número sobe para 14 e vira maioria com secretários que assumem novos postos, mas que já estavam na gestão. Orlando Faria, hoje na Casa Civil, será deslocado para a Secretaria de Habitação, abrindo espaço para o ex-deputado Ricardo Tripoli, nome forte dentro do PSDB, assumir a função.

    Outros dois nomes foram promovidos. A inspetora Elza de Souza, primeira mulher a comandar a Guarda Civil Metropolitana (GCM), foi alçada ao posto de secretária municipal de Segurança Urbana. Levi Oliveira, hoje presidente da SPTrans, será o secretário de Mobilidade e Transportes.

    Uma das novidades é a ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou o Solidariedade no início da campanha para apoiar a candidatura de Bruno Covas. Após 12 anos do fim da sua gestão, Marta retorna à Prefeitura, agora como a secretária municipal de Relações Internacionais.

    Um dos líderes do PSDB mais próximos a Covas, o ex-deputado federal Ricardo Tripoli foi alçado a um dos principais postos da gestão. Tripoli será o secretário-chefe da Casa Civil, substituindo Orlando Faria, que foi deslocado para a Secretaria de Habitação.

    Veja a lista de secretários da segunda gestão de Bruno Covas:

    – Claudia Carletto – secretária de Direitos Humanos e Cidadania (mantida);

    – Ricardo Tripoli – secretário da Casa Civil (novo);

    – Thiago Milhim – secretário de Esportes (novo);

    – Orlando Faria – secretário de Habitação (e o atual secretário da Casa Civil);

    – Eduardo de Castro – secretário do Verde e Meio Ambiente (novo);

    – Marina Magro – procuradora-geral do Município (mantida);

    – João Manoel Scudeler de Barros – controlador-geral do Município (mantido);

    – Marcos Monteiro – secretário de Infraestrutura e Obras (novo);

    – Silvia Grecco – secretária da Pessoa com Deficiência (nova);

    – Alexandre Modonezi – secretário das Subprefeituras (mantido);

    – Édson Aparecido – secretário da Saúde (mantido);

    – Berenice Giannella – secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (mantida);

    – Fernando Padula – secretário da Educação (novo);

    – Levi Oliveira – secretário de Mobilidade e Transportes (é o atual presidente da SPTrans);

    – Elza Paulino de Souza – secretária de Segurança Urbana (é a atual comandante-geral da GCM);

    – Aline Cardoso – secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo (mantida);

    – Alê Youssef – secretário de Cultura (mantido);

    – Marta Suplicy – secretária de Relações Internacionais (nova);

    – César Azevedo – secretário de Urbanismo e Licenciamento (mantido);

    – Juan Quirós – secretário de Inovação e Tecnologia (mantido);

    – Eunice Prudente – secretária de Justiça (nova);

    – Rubens Rizek Jr – secretário de Governo (mantido);

    – Guilherme Bueno de Camargo – secretário da Fazenda (novo).

    (Com Estadão Conteúdo)

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