Briga dos irmãos Cid e Ciro Gomes tem reflexos nacionais e racha esquerda em Fortaleza
Conflito abalou a articulação nacional entre o PSB e PDT
O rompimento entre os irmãos Ciro e Cid Gomes rachou a esquerda em Fortaleza e atrapalhou uma articulação nacional que estava em curso entre o PSB e o PDT.
Segundo fontes dos dois partidos ouvidas pela CNN, a desavença no clã Ferreira Gomes começou em 2022, quando o grupo do senador Cid Gomes não teria se empenhado na campanha presidencial do ex-ministro Ciro Gomes, que teve 3% dos votos e perdeu até no Ceará.
Aliado do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (PT-CE), Cid decidiu deixar o PDT e deve se filiar ao PSB, segundo aliados.
Procurada, a assessoria de Cid e Ciro ainda não responderam à CNN.
Essa movimentação local teve reflexos em outras praças e tornou-se um obstáculo para a articulação de formar uma federação nacional entre PSB e PDT, partidos que têm interesses em comum em várias cidades.
Em Recife, por exemplo, a vice-prefeita de João Campos (PSB), Isabella de Roldão, é do PDT. Em São Paulo, o PDT estava conversando com Tabata Amaral (PSB), mas decidiu apoiar Guilherme Boulos (Psol), que está coligado com o PT.
Em Fortaleza, o prefeito José Sarto (PDT) vai disputar a reeleição com o apoio do PSDB do ex-senador Tasso Jereissati, que deve indicar o vice na chapa.
Já o PT está dividido entre cinco nomes na capital, sendo que os “favoritos”, segundo lideranças locais ouvidas pela CNN, são a deputada e ex-prefeita, Luizianne Lins, e o deputado estadual Evandro Leitão.
A tendência, segundo apurou a CNN, é que o PSB cearense passe para o comando de Cid Gomes e apoie o nome do PT.
A direita também está dividida em Fortaleza. Três nomes desse campo estão colocados até o momento: Capitão Wagner (UB), o deputado André Fernandes (PL) e o senador Eduardo Girão (Novo).