Brasileiro na Interpol à CNN: Houve reconhecimento da neutralidade e transparência do Brasil
Urquiza foi o primeiro brasileiro eleito para o posto de secretário-geral da Interpol
Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal (PF) eleito nesta terça-feira (25) para o cargo de novo secretário-geral da Interpol, disse em entrevista à CNN que o momento é “histórico” e resultado de “forte articulação”.
“Em 100 anos, cinco países se revezaram na organização e o Brasil nunca tinha pleiteado essa posição”, afirmou.
“Fico feliz em poder representar o Brasil”, disse. Para ele, o resultado da eleição significa reconhecimento “que vem da qualidade das instituições e da neutralidade do Brasil”.
Ele ressalta que a Interpol “tem se fortalecido muito nas últimas décadas por executar um trabalho técnico”, que “conta com um reconhecimento de sua legitimidade, sua eficiência e, principalmente, sua transparência”.
De acordo com Urquiza, a construção da campanha como um todo surgiu de um conjunto de fatores:
- “primeiro da importância que o Brasil e a Polícia Federal dão à cooperação internacional”;
- “segundo de uma análise de que também era um bom momento de instigar essa mudança porque a organização tem muito a ganhar com a diversidade”;
- “e finalmente de um trabalho organizado entre várias organizações brasileiras”.
“Vitória do Brasil”
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que também participou da entrevista, afirmou que eleição foi “muito expressiva” e que corpo diplomático brasileiro fez “trabalho extraordinário”.
Para os dois, o trabalho de cooperação internacional cada vez mais fortalecido é essencial para medidas de enfrentamento ao crime organizado.
Na visão de Rodrigues, essa não é uma vitória pessoal de Urquiza e nem da Polícia Federal. “É uma vitória do Brasil”.