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    “Brasil reduziu desmatamento em 10 meses e chega à COP 28 de cabeça erguida”, diz Marina à CNN

    Às vésperas da conferência, ministra do Meio Ambiente falou sobre expectativas da pasta

    Da CNN

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (28), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o Brasil chegará à 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28) de “cabeça erguida” diante dos resultados no índice de desmatamento no país.

    “O Brasil, que pegou um governo, o presidente Lula, de terra arrasada, onde as políticas ambientais tinham sido desmontadas, o Brasil estava na condição de pária e em 10 meses consegue esse feito de reduzir desmatamento em 48,9%, quase 50%”, disse a ministra.

    “As pessoas tinham muita dúvida se iríamos conseguir esse resultado, sobretudo em função de que é uma situação que havia um desmonte da política ambiental, das estruturas, e também o aumento da natureza dos problemas que levam ao desmatamento: tráfico de drogas, tráfico de armas, pesca ilegal, grilagem, todas essas criminalidades. Então o Brasil, nesse quesito, está indo de cabeça erguida, sabendo que o nosso compromisso é dasmatamento zero até 2030”, acrescentou.

    Segundo os dados mais recentes do Ministério do Meio Ambiente, na região da floresta amazônica, o desmatamento caiu 22,3% em um ano. O balanço compreende o período entre agosto de 2022 e julho deste ano, parte no governo Jair Bolsonaro (PL) e parte na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    De janeiro a agosto, a redução da área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pelo governo.

    “Nós não queremos nos conformar com os resultados até alcançados. Nós vamos trabalhar, e trabalhar mais. E quando eu digo cobrar, é cobrar que os países desenvolvidos cumpram com aquilo que foi estabelecido no Acordo de Paris”, disse Marina.

    Sobre estratégias para convencer a comunidade internacional, a ministra afirmou que “o problema não é de convencer os outros, é de autoconvencimento. Se cada país fizer o autoconvencimento de que tem que enfrentar o problema da mitigação, da adaptação e da transformação de seus modelos de desenvolvimento —sobretudo os que são dependentes de combustíveis fósseis— a gente consegue um bom resultado.”

    Neste ano, a COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes, a partir de quinta-feira (30). O presidente Lula, que desembarcou na Arábia Saudita nesta terça-feira, participará da conferência na sexta-feira (1º).

    VEJA TAMBÉM – Lula chega à Arábia Saudita em busca de investimentos

    *Publicado por Renata Souza, da CNN

     

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