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    Brasil espera repatriar até 240 brasileiros no Líbano até o fim desta semana, diz chanceler

    Ministro Mauro Vieira informou que mulheres, idosos e crianças terão prioridade em voos de repatriação

    Rebeca BorgesGabriel Garciada CNN , Brasília

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou, nesta segunda-feira (30), que o governo federal espera repatriar até 240 brasileiros no Líbano até o fim desta semana. A declaração foi feita durante agenda do chanceler na Cidade do México.

    Segundo Vieira, a operação está sendo coordenada pelos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, com participação da Força Aérea Brasileira (FAB).

    “Estamos, então, esperando para os próximos dias. Acredito que até o final de semana já tenhamos o primeiro voo realizado”, afirmou.

    Segundo o ministro, o primeiro voo deve ter até 240 pessoas, já que esta é a capacidade de passageiros do avião. No entanto, haverá outros voos “na medida da necessidade”. Vieira também disse que haverá uma fila de prioridades nos voos.

    Evidentemente, vai se dar prioridade às pessoas de idade, às mulheres, aos senhores, às mulheres grávidas, às crianças, aos que estejam doentes, aos que precisarem mais, esse será o critério. Mas vamos, na medida do possível, vamos atender com rapidez a todos os brasileiros que se encontram lá

    Mauro Vieira

    Mauro Vieira também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem expressado “preocupação” com as consequências dos ataques de Israel ao Hezbollah no Líbano.

    “Nós temos grande preocupação, não só pelo grande número de brasileiros que vivem na região, mas pelas populações locais e pela violência que tem sido ilimitada”, disse o chanceler.

    A operação de repatriação é considerada complexa tanto pelo pelos riscos envolvidos quanto pelo número de pessoas. O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com 21 mil pessoas.

    O Brasil tem pedido para que os cidadãos preenchem um formulário sobre o interesse de deixar o país. A preocupação é que haja um agravamento da situação após a morte de líderes do Hezbollah. Algumas pessoas já relatam escassez de comida e água.

    Sindicato faz críticas à demora

    Mais cedo, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) divulgou uma nota cobrando do governo brasileiro “um plano detalhado de evacuação e tome medidas urgentes para garantir a segurança de seus servidores e familiares”.

    O texto afirma ainda que “a demora inaceitável por parte do ministério em agir pode custar vidas” e que “cabe citar que essa não é primeira vez que os servidores lidam com a ausência de orientações e protocolos claros: mais recentemente situação similar foi vivida na Cisjordânia”.

    Ao menos dois cidadãos brasileiros já morreram em meio aos bombardeios no país.

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