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    Brasil descarta “Guaidó 2” como opção a Maduro na Venezuela

    Governo brasileiro rejeita possibilidade de reconhecer Edmundo González como vitorioso, mesmo sem apresentação de atas eleitorais pelo CNE

    Daniel Rittnerda CNN , Brasília

    O governo brasileiro descarta a possibilidade de reconhecer Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições na Venezuela com base apenas na contagem paralela de atas feita pela oposição.

    Segundo um interlocutor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cabe somente ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgar a contabilidade dos votos.

    Agora, diz esse assessor presidencial, é o momento de pressionar o CNE pela obtenção das atas eleitorais que vão demonstrar como votaram os venezuelanos no domingo (28).

    Brasil e Estados Unidos, entre outros países, estão cobrando publicamente essa divulgação. Há, no governo brasileiro, um sentimento de que o regime de Maduro talvez nunca consiga apresentar esses registros.

    Mesmo se as atas jamais forem apresentadas, descarta-se a hipótese de reconhecer González Urrutia. Não haverá, conforme ouviu a CNN de auxiliares de alto escalão, um “Guaidó 2”.

    A expressão refere-se a Juan Guaidó, presidente oposicionista da Assembleia Nacional quando Maduro venceu as eleições anteriores, em 2018.

    Diante da desconfiança da comunidade internacional sobre a lisura do processo, Guaidó se autoproclamou “presidente legítimo” da Venezuela e foi reconhecido por mais de 50 países, incluindo o Brasil sob comando de Jair Bolsonaro (PL). A lista também abrangia Estados Unidos, União Europeia e boa parte da América Latina.

    Repetir esse procedimento com González Urrutia está fora de cogitação, afirmou à CNN um auxiliar de Lula. Segundo ele, o governo americano dá indicações de que também não contempla a possibilidade.

    O governo brasileiro rejeita, ainda, qualquer tipo de apoio ou endosso ao recrudescimento de sanções econômicas e comerciais à Venezuela.

    Para assessores presidenciais, isso só pioriaria a vida dos próprios venezuelanos, transformando-os em vítimas de maior crise social e impulsionando a emigração no país.

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