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    Brasil admite que acordo Mercosul-UE é improvável neste momento, dizem fontes

    Segundo diplomatas brasileiros, contrariedade manifestada publicamente pelo presidente da França, Emmanuel Macron, inviabilizou a possibilidade de o acordo ser fechado agora

    Bandeiras do Mercosul e da União Europeia
    Bandeiras do Mercosul e da União Europeia Reprodução

    Gustavo UribeTainá Falcão

    O governo brasileiro reconhece ser improvável fechar o acordo com a União Europeia na Cúpula do Mercosul, que teve início nesta quarta-feira (7) no Rio de Janeiro.

    Na avaliação de diplomatas brasileiros, a contrariedade manifestada publicamente pelo presidente da França, Emmanuel Macron, inviabilizou a possibilidade de o acordo ser fechado neste momento.

    Além disso, negociadores tanto do Mercosul como da União Europeia têm defendido que o acordo só seja fechado após a posse do novo presidente da Argentina, Javier Milei.

    Inicialmente, a estratégia era de acelerar o acordo antes da posse de Milei, marcada para o domingo (10). Uma declaração da nova chanceler da Argentina, Diana Mondino, no entanto, mudou o cenário.

    Ela afirmou, após encontro com o chanceler brasileiro Mauro Vieira, que considera o acordo importante e disse querer finalizar as negociações o mais rápido possível.

    Por isso, a estratégia do governo brasileiro neste momento é aproveitar a Cúpula do Mercosul para fazer uma defesa pública do acordo.

    O Palácio do Itamaraty avalia ou fazer um comunicado em conjunto, assinado pelos países que integram o Mercosul, ou um pronunciamento com a presença dos chefes de Estado.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu, em viagem aos Emirados Árabes, que o acordo de livre comércio pode fracassar.

    No sábado (2), Macron disse que era contra o acordo porque achava que ele era contraditório.

    Segundo o presidente francês, ele não levava em conta as preocupações com biodiversidade e proteção do meio ambiente.

    O discurso de Macron foi interpretado como uma tentativa de justificar a posição protecionista da França.