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    Boris Casoy: Preço da gasolina tem consequências eleitorais graves

    No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (17), comentarista Boris Casoy debateu o aumento nos combustíveis e a necessidade de uma reforma tributária

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (17), o jornalista Boris Casoy analisou a tensão entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), após uma crítica de Lira aos líderes estaduais pelo aumento no preço de combustíveis.

    No domingo (16), Lira publicou nas redes sociais mensagens contra governadores que, segundo ele, cobram soluções do Congresso em ano eleitoral. À CNN, Dias, que também é presidente do Fórum Nacional de Governadores, disse que a proposta aprovada na Câmara para mudar o cálculo do ICMS sobre combustíveis não resolve a alta de preços e “gera desequilíbrio”.

    Para Boris Casoy, o aumento no custo de combustíveis não possui “solução mágica”. O jornalista mencionou a alta do preço do petróleo, do dólar e a inflação elevada como motivos que conduzem a subida dos preços. “De alguma maneira, isso tem que sair de algum lugar e ser pago por alguém. Se você não pagar hoje, vai pagar amanhã.”

    “É uma decisão muito ao gosto dos políticos, especialmente os bolsonaristas, porque o preço da gasolina tem consequências eleitorais graves. Acho que a reforma tributária é necessária, nossos impostos são um hospício para o empresário e um fardo muito pesado para a população, especialmente os mais pobres”, afirmou.

    O comentarista concordou que a manifestação de Dias possui fundo político, em especial pela “oportunidade” gerada em torno das pesquisas eleitorais, que apontam crescimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da rejeição de Jair Bolsonaro (PL). Casoy também classificou o momento como “politicamente recomendável” para a oposição hostilizar o atual presidente.

    Contudo, ele pontuou que, diferente do que falou Dias, o ICMS não é irrelevante na somatória dos preços do combustível, com a taxa em torno de 25% no estado de São Paulo. Segundo o jornalista, os estados não irão abrir mão do imposto, o que torna a reforma tributária uma solução – apesar de “forças muito grandes” serem contra o projeto. “É uma disputa. Quem vai pagar a reforma tributária? Quem perde e quem ganha?”, questionou.

    “Fazer uma reforma tributária em ano eleitoral, nem no Vaticano as pessoas querem. Quem está por cima não quer nenhuma modificação. Vamos continuar sem reforma pelo menos até depois das eleições – e depois, vai ser muito difícil. É uma luta, uma contenda. Por enquanto, temos um sistema maluco.”

    Boris Casoy fez críticas ao atual sistema tributário, classificando como “vergonha” a contribuição aos poderes federal, estadual e municipal o equivalente a cinco meses de salário. “Claro que [a reforma] depende do Congresso, quase tudo depende do Congresso. Eles estão olhando para as eleições. Que reforma tributária, nada!”

    “Precisamos alcançar o voto distrital para melhorar a nossa representação. Nossa representação parlamentar é uma porcaria”, finalizou.

    Comitê de Bolsonaro

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a estruturar a equipe que irá coordenar a campanha à reeleição ao Palácio do Planalto. Seis nomes já são citados para integrar o comitê, que deve ter base em Brasília e no Rio de Janeiro: o senador e filho Flavio Bolsonaro, os ministros Ciro Nogueira (PP), Luiz Eduardo Ramos (sem partido), Anderson Torres (PSL), além do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o senador Jorginho Mello, do mesmo partido.

    Deportação de Djokovic

    O tenista número um do mundo, Novak Djokovic, deixou a Austrália no último domingo (16) após a Justiça rejeitar um recurso contra o cancelamento do visto de permanência no país. O atleta sérvio não apresentou comprovante de vacinação contra a Covid-19 e, por isso, foi obrigado a sair do país, perdendo a disputa do Australian Open.

    Vacinação na Áustria

    A Áustria se tornou o primeiro país da Europa a tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória. A medida, que entrará em vigor em fevereiro, foi anunciada pelo chanceler Karl Nehammer e será válida para todos os maiores de 18 anos. A multa para quem não se imunizar poderá variar entre € 600 e € 3600 (equivalentes a R$ 3.762 e R$22.576).

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Boris Casoy e Fernando Molica. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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