Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Boris Casoy: Momento atual da pandemia é gravíssimo e comparável a uma guerra

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (18), comentarista Boris Casoy falou sobre etapas da vacinação para crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (18), o jornalista Boris Casoy comentou sobre o início da vacinação infantil contra a Covid-19 no Brasil, cuja campanha começou no último final de semana após a chegada das doses pediátricas da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos.

    Na cidade de São Paulo, mais de 230 mil cadastros para a imunização foram feitos em 24 horas, enquanto no Rio de Janeiro 18 mil crianças receberam a vacina na segunda-feira. Nesta terça, mais três capitais estaduais iniciaram a imunização para esta faixa etária: Natal (RN), Boa Vista (Roraima) e Teresina (PI). Ao todo, 4 milhões de doses devem chegar ao país até o fim do mês.

    Para Boris Casoy, a análise é delicada – principalmente no que tange a uma possível punição a pais que se neguem a imunizar os próprios filhos. O jornalista acredita, porém, que o Ministério da Saúde deveria ter cumprido com a burocracia de incluir a Covid-19 na lista de vacinação obrigatória para crianças, como já é feito com outras doenças.

    Segundo o comentarista, o momento atual da pandemia é “gravíssimo” e comparável a uma guerra, com o aumento de casos decorrentes da variante Ômicron. “Estamos vivendo um momento de pânico. A gente sabe que os números da Covid-19 são muito maiores que os oficiais – não que os números oficiais estejam sendo falseados –  mas muita gente prefere não comunicar que está com Covid”, disse.

    Citando uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta terça pelo jornal Folha de S.Paulo em que 81% da população brasileira é favorável ao controle da vacinação, Casoy defende que a maior parte dos brasileiros compreende a situação sanitária que o país atravessa, mas que a parcela antivacina possui “megafones muito grandes”, como o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

    “É um número menor, mas que tem poder de comunicação. Se o presidente e o ministro da saúde [Marcelo Queiroga] são antivacina, você imagina o que ocorre.”

    “Acho que a vacina tem que ser obrigatória. As escolas não querem assumir a responsabilidade de fazer a vacinação. Cabe ao estado brasileiro essa fiscalização e o que fazer com as crianças que não tomam vacina. Não pode proibir de ir à escola, mas pode, de alguma maneira, punir os pais. Com multa é difícil, porque não tem dinheiro, mas pode proibir isso, proibir aquilo…”, concluiu.

    Boris Casoy também destacou que escolas são um local propício para a propagação do coronavírus, o que reforça a necessidade de ampliar a vacinação para crianças – que, em sua visão, vêm mostrando boa aceitação até o momento.

    O comentarista pediu que as autoridades encontrem a melhor saída para o problema, evitando que o público infantil torne-se ainda mais um facilitador da doença. “O Brasil tem que deixar de ser contemporizador. Alguém tem que dar um soco na mesa. Como dizia o [ex-presidente Fernando] Collor: tem que aparecer alguém com ‘aquilo’ roxo. Estamos em uma guerra pela vida”, finalizou.

    Investigação na Petrobras

    O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu investigação para apurar se houve abuso da Petrobras nos aumentos recentes dos preços dos combustíveis. O inquérito foi aberto com base em notícias e documentos públicos sobre os reajustes. Em entrevista à CNN, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu a investigação e disse que a pasta não controla a política de preços da estatal.

    Recorde de desmatamento

    Em 2021, a Floresta Amazônica ultrapassou o recorde de desmatamento dos últimos dez anos. De janeiro a dezembro, mais de 10 mil quilômetros quadrados de mata nativa foram destruídos – o equivalente a metade do estado de Sergipe. A CNN entrou em contato com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, mas não obteve resposta.

    Um ano de vacinação

    A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil completou um ano na segunda-feira (17). Após longa novela envolvendo a compra de imunizantes, o país conta com quase 70% da população vacinada com duas doses ou dose única, o que mudou o cenário da pandemia com queda de casos graves, internações e mortes pela doença.

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Boris Casoy e Fernando Molica. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

    Tópicos