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    Boris Casoy: Lula, José Dirceu e Guido Mantega são “irmãos xifópagos”

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (1), comentarista Boris Casoy fala sobre eventual retorno de Guido Mantega e José Dirceu ao poder em caso de eleição de Lula

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (1), o jornalista Boris Casoy avaliou a possibilidade de Guido Mantega e José Dirceu assumirem ministérios caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito ao Planalto neste ano.

    Pressionados em entrevistas recentes, tanto Mantega quanto Dirceu negaram a possibilidade de retornar ao poder no caso de uma possível reeleição de Lula. Os dois ex-ministros – Mantega comandou o extinto Ministério do Planejamento entre 2003 e 2004 e a Fazenda entre 2006 e 2015; Dirceu esteve à frente da Casa Civil entre 2003 e 2005 – tiveram condenações na Justiça, incluindo a Operação Lava Jato, que teve as decisões anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Boris Casoy ironizou as declarações, afirmando que sua “bola de cristal” está com “defeito”, e que é impossível cravar se Mantega e Dirceu serão ou não ministros em um eventual terceiro governo de Lula. O histórico, porém, parece ajudar na pressão.

    O comentarista recordou que Mantega foi indicado pelo PT para escrever um artigo ao jornal Folha de S. Paulo representando o pré-candidato do partido para falar sobre política econômica, que acabou causando reação do mercado financeiro e da esfera política ao defender a revogação da Reforma Trabalhista.

    Casoy também ressaltou que, embora tenha sido condenada no passado, a dupla não possui nenhuma imposição judicial impedindo um retorno aos cargos públicos. Contudo, as afirmações de que eles não voltarão ao poder não parecem ser contundentes o suficiente.

    “Eles não dizem que não serão ou que não aceitarão [um cargo de ministro]. Eles dizem ‘não faz parte dos meus planos’, ‘não estou procurando’… é mais ou menos este o sentido.”

    “Eles são irmãos xifópagos. Lula, José Dirceu, Mantega… a ascensão do PT se deu junto [do trio]. Eles são ligadíssimos”, afirmou.

    A relação entre Dirceu e Lula já teve momentos de tensão. Casoy relembrou uma entrevista quando o então ministro chamou a administração de “meu governo”, provocando irritação do correligionário – e afirmou que Lula “tem pânico” que alguém sugira um cargo para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que tem sido alvo de críticas pelas administrações petistas.

    “Ela é uma criatura do Lula, isso ele não quer que apareça na campanha. Ela seguiu as políticas determinadas pelo PT, botou em prática e não deu certo. Todo o quadro do ideário político e econômico no PT deu no que deu. O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu uma herança maldita.”

    “A gente deve raciocinar, respeitando as opiniões deles [Mantega e Dirceu], de que não estão procurando ministérios… se Lula for eleito, o que não está decidido ainda, dificilmente ele abrirá mão de algum tipo de colaboração de Mantega, Dirceu e também Dilma, que não pode ficar desempregada”, concluiu.

    Denúncia de Milton Ribeiro

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por declarações homofóbicas dadas ao jornal O Estado de S. Paulo em 2020.

    Em entrevista, Ribeiro relacionou a homossexualidade a “famílias desajustadas” e afirmou que adolescentes estavam “optando por serem gays”.

    A PGR afirma que o ministro “discrimina jovens por sua orientação sexual e preconceituosamente desqualifica as famílias em que são criados”. Milton Ribeiro ainda não se pronunciou.

    Caso de prevaricação da Covaxin

    A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não cometeu crime de prevaricação no caso da negociação da compra da vacina Covaxin contra a Covid-19.

    Em relatório final enviado ao Supremo, a PF argumentou que não era função de Bolsonaro a prática de ato de ofício de comunicação de irregularidades.

    A investigação teve origem após as acusações feitas pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde. Os dois prestaram depoimento à CPI da Pandemia e afirmaram terem relatado ao presidente “pressões atípicas” que Luis Ricardo estaria recebendo para prosseguir com a compra do imunizante.

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Boris Casoy e Fernando Molica. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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