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    Boris Casoy: Bolsonaro toma posição diferente da que Brasil tomou em Conselho da ONU

    No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (28), Boris Casoy opina sobre a posição de neutralidade perante o conflito entre Rússia e Ucrânia defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

    Fernanda PinottiFabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (28), o jornalista Boris Casoy comenta a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre manter a neutralidade em relação ao confronto entre Rússia e Ucrânia. Em entrevista coletiva no domingo (27), Bolsonaro disse que não vai “tomar partido” e justificou sua posição dizendo que possíveis sanções econômicas poderiam afetar a economia brasileira.

    Para Casoy, o presidente se posiciona de forma diferente do que o país havia se posicionado no Conselho de Segurança da ONU, no qual o Brasil votou de forma favorável a resoluções contra a Rússia. “O Brasil não pode adotar uma neutralidade dessas quando um estado invade o outro, em uma decisão unilateral de guerra, sem razões.”

    Para o comentarista, Bolsonaro tenta reduzir a imagem do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que foi eleito democraticamente, a um ator e comediante, como se essas características fossem ruins. Casoy questiona: “Não é melhor ter um presidente ator e comediante do que um presidente ladrão?”

    O presidente teme que a Rússia puna o país caso o Brasil adote uma posição favorável à Ucrânia. O comentarista ressalta que a Rússia não está fazendo nenhum favor ao manter relações comerciais com o Brasil, e agora, mais do que nunca, também precisa manter as relações comerciais que não foram afetadas pelas sanções impostas à economia russa.

    Reunião da ONU

    O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou para esta segunda-feira (28) uma rara sessão especial de emergência da Assembleia-Geral com todos os 193 membros para discutir a invasão russa na Ucrânia. A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia, atual presidente do grupo, não pudesse exercer seu poder de veto.

    Ao todo, 11 países – entre eles o Brasil – votaram a favor da realização da sessão. A Rússia votou contra, enquanto China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram.

    Novas sanções à Rússia

    A União Europeia decidiu impor mais sanções à Rússia neste final de semana. Entre as medidas, está o fechamento de todo o espaço aéreo do bloco continental para qualquer aeronave russa, o que significa que nenhum voo do país – incluindo trajetos particulares – poderá sobrevoar, decolar ou aterrissar em países da UE.

    Veículos de imprensa estatais da Rússia, como os jornais Russia Today e Sputnik, foram banidos, enquanto bancos do país acabaram excluídos do sistema global de mensagens, o Swift, usado para pagamentos entre países.

    Alemanha dobra investimento em forças armadas

    O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou que vai investir mais 100 bilhões de euros, o dobro do que é gasto atualmente, para reequipar as forças armadas do país. A União Europeia também anunciou que pretende enviar e financiar armamento para que a Ucrânia possa se defender das forças russas.

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Boris Casoy. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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