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    Boris Casoy: Acidente em São Paulo é “sopa no mel” para adversários de Doria

    No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (2), Boris Casoy fala da situação política do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), após o incidente em obra do metrô da capital paulista

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (2), o jornalista Boris Casoy debate os efeitos do acidente nas obras da Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo para o governador do estado, João Doria (PSDB), que também é pré-candidato à presidência da República.

    Segundo apuração da âncora da CNN Daniela Lima, o episódio já vem sendo explorado politicamente por adversários de Doria, e tanto opositores quanto correligionários reconhecem o desgaste causado ao governador. Em julho de 2020, Doria assinou contrato com a empresa espanhola Acciona para assumir as obras da linha, que estavam paradas desde 2016, através de uma parceria público-privada (PPP). Atualmente, a previsão de entrega é 2025.

    Para Boris Casoy, a situação é uma “sopa no mel” para os rivais de Doria – que, com certeza, sai prejudicado da situação, embora o tamanho do dano à imagem do líder tucano ainda seja desconhecido.

    Na visão do comentarista, o principal problema está no histórico do projeto, um sonho antigo da cidade que já foi adiado diversas vezes. “A obra está sendo realizada, desde o seu projeto inicial, pelo governo tucano. Começou lá com o José Serra [governador entre 2007 e 2010] e deveria ter sido entregue em 2012. Já está ‘apenas’ dez anos atrasados.”

    O jornalista destacou todo o cenário como um fator que atrapalha a candidatura de Doria – desde a assinatura com a Acciona até o esvaziamento de prédios na Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, onde a cratera foi formada. Casoy também relembrou que o pré-candidato não vem performando como o esperado nas pesquisas, figurando geralmente entre o terceiro e quinto nomes com maior intenção de votos na disputa para o Planalto.

    Apesar da força política do caso, Boris acredita que Doria – que não terá vida fácil para se defender – seja “suficientemente esperto e inteligente” para tentar demonstrar que a culpa é, na verdade, da construtora espanhola.

    “Um fator desses é explorável, precisa saber como vai ser explorado. É preciso que quem explore esse tipo de acontecimento tome cuidado, porque também tem uma dívida nessa história de obras: o trem-bala da Dilma [Rousseff], o novo aeroporto de São Paulo… [Sergio] Moro e outros candidatos certamente não têm esse passivo”, concluiu.

    Reabertura do Judiciário

    Na reabertura das atividades do Poder Judiciário em 2022, na segunda-feira (1º), o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que a Corte espera uma eleição com estabilidade e tolerância, afirmando não haver mais espaço para ações contra a democracia.

    Mais tarde, foi a vez do ministro Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se pronunciar e relembrar dados do Tribunal vazados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Barroso afirmou que a ação auxilia milícias digitais e hackers. A CNN procurou a Secretaria Especial de Comunicação Social do governo federal para se manifestar em relação à fala do ministro, mas ainda não obteve resposta.

    Federação com o Cidadania

    Após reunião de mais de quatro horas, a executiva do Cidadania se dividiu e não chegou a um consenso sobre nenhuma das hipóteses de federação discutidas internamente.

    O partido possui propostas para a formação desse tipo de aliança – inédita no sistema partidário nacional e com duração obrigatória de quatro anos – vindas do PSDB, que tem a pré-candidatura de João Doria à presidência, e do Podemos, que lançou Sergio Moro ao Planalto.

    A cúpula do Cidadania, por sua vez, tem o senador Alessandro Vieira como pré-candidato, e também acrescentou o PDT, de Ciro Gomes, como possível aliado. Como nenhuma das opções formou maioria na executiva, o diretório nacional da sigla vai votar sobre cada uma das alternativas no próximo dia 15.

    Regulamentação da mídia

    Em entrevista à Rádio Tupi, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a regulamentação da mídia e criticou a atuação de Bolsonaro nas redes sociais.”

    Acho que nós precisamos fazer uma regulamentação da mídia, atualizá-la aos tempos atuais. Não é o presidente da República que faz isso, é o Congresso Nacional e a sociedade brasileira… a internet é uma coisa extraordinária para a sociedade e para a humanidade, mas ela não pode ser um antro de mentiras como temos visto pela mão do próprio presidente da República”, afirmou o petista.

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Boris Casoy e Fernando Molica. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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