Bolsonaro volta a romper isolamento e abraça apoiadores em padaria
Presidente descumpriu recomendação do Ministério da Saúde para prevenir contágio pela COVID-19
![O presidente Jair Bolsonaro ao lado de apoiadores em visita a padaria em Brasília O presidente Jair Bolsonaro ao lado de apoiadores em visita a padaria em Brasília](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/2704_DE5D55768D97CDE5.png?w=1220&h=674&crop=1&quality=50)
Defensor da reabertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o Palácio do Planalto na tarde nesta quinta-feira (9) e foi a uma padaria na Asa Norte, bairro de Brasília.
No estabelecimento, ao lado do ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) o presidente abraçou e posou para fotos com apoiadores, que logo formaram uma aglomeração ao seu redor — desrespeitando orientações do Ministério da Saúde, que também recomenda que se evite contatos físicos.
Imagens compartilhadas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também mostram que ninguém da comitiva presidencial usa máscaras de proteção. Vizinhos do estabelecimento chegaram a bater panelas e a vaiar o presidente.
Presidente @jairbolsonaro pára para comer numa padaria de Brasília. pic.twitter.com/uVcRWqyZDj
— Eduardo Bolsonaro???? (@BolsonaroSP) April 9, 2020
Bolsonaro mais uma vez desrespeitou as orientações de isolamento social da OMS. Foi a uma padaria na Asa Norte de Brasília. O povo não deixou barato. Escrachou o Capitão Corona. A paciência acabou. Bolsonaro não terá mais sossego! #ForaBolsonaro pic.twitter.com/rCaFP601YG
— Ivan Valente (@IvanValente) April 9, 2020
Ao chegar ao Palácio da Alvorada, o presidente disse a apoiadores que parou “em uma padaria para tomar uma Coca-Cola”. Da saída do Planalto à chegada ao Alvorada, o presidente levou 32 minutos.
“Para mim, você sabe o que é, para mim, atividade essencial? Toda aquela que é necessária para você levar um pão para tua filha”, disse o presidente a um apoiador no Alvorada.
Bolsonaro também voltou a dizer que cerca de 70% da população brasileira deve ser contaminada pelo vírus. Ele conversou apenas com apoiadores e não quis responder perguntas da imprensa.
Nas últimas semanas, o presidente vem defendendo o isolamento apenas das pessoas que integram grupo de risco para a doença, enquanto o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) pregam o isolamento social amplo.