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    Eleições 2022

    Bolsonaro volta a questionar urnas e critica decisões do TSE sobre celulares e armas

    Presidente afirma que confia em eleições com votos de papel, mas que, no resto dos processos eleitorais, “tem que ficar preocupado”

    Daniel ReisDanilo MoliternoGabriela Bernardesda CNN

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou nesta terça-feira (6) a integridade das urnas eletrônicas durante o pleito de 2018, quando foi eleito para comandar o país, e afirmou confiar em eleições que utilizam votos de papel, mas que, “no resto [dos processos eleitorais], tem que ficar preocupado”.

    “Eleições limpas, transparentes, não têm que ser questionadas em lugar nenhum. Ponto final. Quanto eu confio de 0 a 10? Eu confio nas eleições 10 no Paraguai, eu confio de 10 na Colômbia, no Chile, na Colômbia, na França, porque o voto é em papel, aí eu confio em 10. No resto tem que ficar preocupado”, disse o presidente em entrevista à Jovem Pan.

    Bolsonaro também afirmou que, em 2018, recebeu vídeos que supostamente comprovariam falhas nas urnas eletrônicas. Ele não apresentou provas sobre essas falhas.

    “Eu recebi diversos vídeos em 2018 de pessoas desconhecidas que falaram: ‘Eu vim votar aqui e quando eu apertei o número já deu encerrada a votação. E eu não sei em quem eu votei’. Outros falavam que apertavam o 1, aparecia a cara do [Fernando] Haddad e dava encerrada a votação. Foram dezenas de reclamações nesse sentido”, afirmou.

    Em 2021, o Congresso rejeitou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para mudar o processo eleitoral para o voto impresso, apresentada pela deputada governista Bia Kicis (PL-DF). O projeto era defendido pelo presidente.

    Bolsonaro também fez menção a uma reunião do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com embaixadores.

    “Essa política externa é privativa minha e do ministro Carlos França, de reunir com embaixadores e terminar com 75 embaixadores representantes. Quando o TSE anunciar o resultado vocês devem imediatamente pedir pro seus chefes de Estado reconhecerem o resultado das eleições. Pra quê isso?”, questionou.

    Em julho, Bolsonaro se reuniu com embaixadores em Brasília para afirmar que deseja “aprimorar os padrões de transparência” das eleições. Durante a entrevista, ele criticou a proibição do celular na cabine de votação pelo TSE.

    “Então essas medidas que o TSE vem tomando, como o celular. Por quê reter o celular? Não tem o título de eleitor no celular? Vai ser detido? Ué, mas não tem uma lei que diz que não pode deter ninguém nesse período antes das eleições a não ser em flagrante delito? Por que vai ser detido se está filmando ali?”, disse Bolsonaro.

    Para o mandatário, as decisões do tribunal ocorrem para “inibir” seus eleitores de comparecerem à votação. Ele reprovou a decisão de Fachin, na segunda-feira (5), de restringir o acesso a armas e munições obtidas por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).

    “Você vê as medidas adotadas por gente do TSE exatamente para inibir pessoas simpáticas a minha pessoa de ir votar. A questão das armas… Violência política? O que é isso? Inventaram violência política para pegar os decretos que estão com os ministros Kássio [Nunes] sobre pedido de vista, para dar uma canetada por fora e falar: ‘Não tem mais arma no Brasil’. Todas as ditaduras foram precedidas por campanhas desarmamentistas”, disse Bolsonaro.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

    Fotos – os ministros do Tribunal Superior Eleitoral