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    Bolsonaro volta a defender cloroquina: ‘Sou prova viva de que deu certo’

    No Pará, presidente disse ainda que muitas das mais de 100 mil vítimas da doença no país poderiam ter sido salvas com o uso do medicamento

    Murillo Ferrari, , da CNN, em São Paulo

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender nesta quinta-feira (13) o uso da cloroquina como tratamento para os casos do novo coronavírus.

    “Destinamos também a este estado maravilhoso aqui, mesmo sem comprovação científica, mais de 400 mil unidades de cloroquina para o tratamento precoce da população”, disse o presidente em discurso na inauguração do Projeto Belém Porto Futuro, no estado do Pará.

    “Eu sou a prova viva de que deu certo. Muitos médicos defendem esse tratamento. Sabemos que mais de 100 mil pessoas morreram no Brasil. Caso tivessem sido tratadas lá atrás com esse medicamento, poderiam essas vidas [sic] terem sido evitadas.”

    O presidente disse ainda que as pessoas que criticam o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a Covid-19 ainda não apresentaram alternativas aos medicamentos. Ele disse que o governo federal destinou mais de 2 milhões de máscaras, 400 mil kits de testes, 400 respiradores e centenas de médicos para ajudar no combate à Covid-19 no estado.

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    O presidente Jair Bolsonaro faz discurso durante evento em Belém, no Pará
    O presidente Jair Bolsonaro discursa durante evento em Belém, no Pará
    Foto: Reprodução/CNN (13.ago.2020)

    “Como prova de nosso trabalho de reconhecimento e apoio ao estado do Pará, como disse aqui o próprio governador [Helder Barbalho] e o ministro [do Desenvolvimento Regional, Rogério] Marinho, nós destinamos só para o estado do Pará para ações de combate ao Covid-19 mais de R$ 2 bilhões.”

    Em um momento inusitado, enquanto Bolsonaro agradecia outras autoridades presentes no evento, uma mulher em meio à multidão o criticou e gritou, repetidas vezes, “fora, Bolsonaro”, interrompendo o discurso do presidente.

    “Tem todo o direito de falar ‘fora’. Vamos fazer silêncio para ela falar “fora, Bolsonaro” sozinha. Deixa falar, fique à vontade”, ironizou o presidente, antes de retomar sua fala.

    Obras no Pará

    Apesar de não ter falado especificamente sobre o Projeto Belém Porto Futuro, Bolsonaro comentou outras obras no estado com verbas do governo federal. “Já encaminhei ao Tarcísio estudo para a ponte sobre o Rio Xingu, assim como no passado concluímos a BR-163, que há mais de 40 anos estava inconclusa”, afirmou.

    “Muitas obras do governo atual são terminadas, ultimadas, não são exclusivamente nossa. O nosso, o de vocês, é o recurso. E eu tenho orgulho de dizer a vocês: estamos há um ano e meio no governo sem uma sequer denúncia de corrupção. Se, por ventura, isso ocorrer, tomaremos as medidas cabíveis”, disse o presidente aos gritos de “mito” do público que acompanhava a inauguração.

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    Localizado em frente ao Terminal Hidroviário de Belém, o Projeto Belém Porto Futuro é resultado de um projeto iniciado em março de 2018. O empreendimento inclui a criação de estacionamentos, uma praça gourmet, um parque urbano e a reforma de uma praça.

    O complexo turístico contará com restaurantes e áreas para realização de eventos, além de pistas de corrida e ciclismo, banheiros públicos, playground, wi-fi grátis e um lago artificial. A expectativa é que cerca de 8 mil pessoas deverão circular diariamente pelo local.

    Esta é mais uma das viagens que o presidente tem realizado desde que recebeu alta médica por se curar da covid-19. Logo que anunciou o teste negativo para o novo coronavírus, Bolsonaro foi à Bahia e ao Piauí, onde participou de inauguração de sistema de abastecimento de água e visitou o Parque Nacional da Serra da Capivara. 

    Depois, o presidente viajou ao Rio Grande do Sul, onde participou de lançamento de um condomínio popular. Por fim, na sexta-feira (7), Bolsonaro viajou a São Vicente (SP) para visita a uma ponte no litoral paulista.

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