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    Bolsonaro vai passar 8 de janeiro em casa na praia de Angra dos Reis

    Na data, estão previstos eventos simbólicos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional, que devem reunir autoridades de todos os Poderes

    Jussara SoaresBrenda Silvada CNN , em Brasília

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não planeja estar em Brasília no dia 8 de janeiro, que marca um ano dos atos criminosos cometidos contra as sedes dos três Poderes.

    Na data, estão previstos eventos simbólicos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional, que devem reunir autoridades de todos os Poderes.

    Bolsonaro chegou no Rio de Janeiro na quarta-feira (3) e segue para Angra dos Reis nesta quinta-feira (4).

    Segundo pessoas próximas, o ex-presidente deve ficar na Vila Histórica de Mambucaba, onde deve visitar o senador Wilder Morais (PL-GO). Bolsonaro só deve retornar a Brasília no fim do mês.

    Durante os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro também estava longe da capital do país.

    Estava nos Estados Unidos, para onde viajou após deixar o comando para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sem fazer a passagem da faixa presidencial ou participar da posse do petista.

    Pouco tempo depois, o ex-presidente foi incluído no inquérito do STF que investiga os atos criminosos por ordem de Moraes e a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Bolsonaro passou a figurar na investigação por causa de uma publicação feita em seu perfil no Facebook em 10 de janeiro.

    Na ocasião, ele postou um vídeo com desinformação sobre as eleições e que contestava o resultado eleitoral, dizendo que o presidente Lula não teria sido eleito pelo povo.

    A defesa do ex-presidente afirmou que a postagem foi feita de forma “acidental” e apagada “poucas horas depois”, o que mostraria que o ex-presidente “não pretendeu insuflar qualquer forma de subversão”. Bolsonaro chegou a prestar depoimento à Polícia Federal sobre o assunto.

    Em outubro de 2023, a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu indiciamento do ex-presidente em seu parecer final sobre a investigação dos atos. A defesa de Bolsonaro chamou a decisão de “parcial, tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico”.

    Um ano do 8 de janeiro

    A data que marca um ano dos atos criminosos nas sedes dos três Poderes contará com dois eventos em Brasília. À tarde, o STF promoverá a exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”.

    Depois, acontecerá o Ato Democracia Inabalada no Congresso Nacional, por iniciativa de Lula e dos presidentes do Supremo, Luís Roberto Barroso, e Congresso, Rodrigo Pacheco.

    O governo do Distrito Federal e o Ministério da Justiça construíram um plano de segurança para o marco. Há previsão de fechamento parcial da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e monitoramento de ameaças e manifestações.

    Até o momento, a inteligência da Secretaria da Segurança do DF não identificou elementos que possam ensejar algum ataque. Já os movimentos sociais devem priorizar as manifestações de rua para relembrar os atos.

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