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    Bolsonaro diz que vai se reunir com poderes para discutir combate ao coronavírus

    Presidente justificou falas em tom de tranquilidade afirmando que não quer gerar "pânico", e teme impacto sobre economia

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (17) que agendou para quarta (18) uma reunião com as principais autoridades dos demais poderes e instituições para alinhar as estratégias de combate ao novo coronavírus.

    Segundo o presidente, a reunião acontecerá por volta das 20h e será seguida de uma entrevista coletiva à imprensa. Foram convidados os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio, além do procurador-geral da República, Augusto Aras.

    Uma outra reunião de cúpula entre os poderes, promovida pelo ministro Dias Toffoli, aconteceu nesta segunda (16). Segundo duas fontes afirmaram à CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro não foi convidado. Do poder Executivo, foram convidados o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Advocacia-Geral da União, André Mendonça. 

    Jornalistas presentes em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, nesta terça, questionaram Bolsonaro sobre declarações em tom de tranquilidade em relação à crise do novo coronavírus. Segundo o presidente, a sua intenção era a de evitar “pânico”.

    “A minha mensagem é para que [a população] não se apavore. Nós vamos ter que passar por essa onda. Agora, se o pânico chegar na população, tudo fica pior”, disse. “Estamos preocupados com a questão humanitária, de vidas, mas também com a questão econômica.” 

    Críticas

    Nos últimos dias, autoridades –como Maia, Alcolumbre e o governador de São Paulo João Doria (PSDB)– criticaram a postura do presidente, sobretudo o seu comparecimento a uma manifestação de rua em Brasília no último domingo (15). A orientação do Ministério da Saúde era para que se evitassem aglomerações, para conter a propagação do vírus.

    Após o acontecido, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que Bolsonaro faz “pouco caso” da crise, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cobrou “responsabilidade” de Bolsonaro. 

    Nesta segunda-feira (16), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou, em entrevista exclusiva à CNN Brasil, que o presidente da República dá “péssimo exemplo” ao conduzir a situação.

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