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    Bolsonaro reage à fala sobre Ku Klux Klan e diz que Lula “se sentiu excluído” de atos

    Presidente, seus filhos e ministros de governo responderam a comentário de petista que compara eventos de 7 de Setembro à organização racista

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais na manhã desta sexta-feira (9) para responder à fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que relaciona as manifestações do 7 de Setembro com participação do presidente a uma “reunião da Ku Klux Klan”. Bolsonaro disse que o petista se sentiu “excluído” após ver um vídeo do ato.

    “Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de ‘cuscuz clã’, talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo”, escreveu o presidente.

    O vídeo mostra apoiadores do presidente repassando uma nota de R$ 5 entre os participantes do ato para comprar uma água. Um homem comemora que a água chegou de mão em mão sem ter sido roubada. “A água está voltando, hein? Aqui não tem ladrão não”, diz. A maioria dos participantes está vestida com as cores da bandeira.

    Lula disse em comício na cidade de Nova Iguaçu, na noite de quinta-feira (8), que Bolsonaro fez do 7 de Setembro uma “festa pessoal” e comparou os eventos com uma reunião da Ku Klux Klan, organização racista que prega a supremacia branca nos Estados Unidos.

    “[Bolsonaro] fez da festa do nosso país uma festa pessoal. Aliás, Dilma, eu não sei se você viu na televisão. Foi uma coisa muito engraçada, que no ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz, porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”, disse.

    Os filhos do presidente Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro também comentaram o episódio em suas redes sociais. Ao criticar o ex-presidente, Flávio chamou Lula de “pai da mentira”.

    “Marque nos comentários alguém que diz que vai votar no pai da mentira (diabo) para ‘unir’ o Brasil. Esse é o candidato do amor, que chama de enforcador e assassino de negros quem foi às ruas no 7 de Setembro. É assim que ele enxerga quem é patriota, acredita em Deus, defende a família e a liberdade”, disse.

    Já Carlos escreveu que Lula “compara o povo brasileiro que foi às ruas no 7 de setembro celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil com a Ku Klux Kla”. “Meu Deus!”, afirmou.

    Os ministros Fábio Faria, das Comunicações, e Ciro Nogueira, da Casa Civil, também falaram sobre o caso. Faria afirmou que Lula foi “racista” e que “odeia a bandeira, o verde e amarelo e o povo brasileiro”.

    “O que vemos é um Lula racista, preconceituoso, que odeia a bandeira, o verde e amarelo, odeia o povo brasileiro. Descontrolado, a cada discurso mostra que está amargurado e com muito ódio no coração. É impressionante a mídia não se indignar! Esse é o belo e pacífico povo brasileiro que foi às ruas, de verde e amarelo, no último 7 de Setembro. É esse povo que Lula está comparando à Ku Klux Klan, uma das odiosas organizaçōes racistas da história, que matava negros norte-americanos”, disse o ministro das Comunicações.

    O chefe da Casa Civil escreveu que “chamar os milhões de brasileiros humildes que foram às ruas de assassinos e enforcadores de afrodescendentes, não reconhecer as pessoas comuns que foram ao 7 de Setembro, é a maior manifestação de preconceito e de arrogância contra o povo até agora”.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro. O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.