Bolsonaro planeja lançamento de pré-campanha no dia 26 de março
Em outra frente, o PL organiza atos simbólicos de filiações com parlamentares que aproveitam a janela partidária para migrar para a legenda
O presidente Jair Bolsonaro (PL) planeja lançar sua pré-candidatura à reeleição em um grande evento em Brasília no dia 26 de março. No ato também deverão ser feitas filiações ao PL, partido de Bolsonaro, informaram à CNN assessores da campanha.
A legenda planeja inaugurar seu escritório político em uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A casa funcionará como uma espécie de comitê central da campanha de Bolsonaro de onde o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o coordenador-geral da campanha, Flávio Bolsonaro, irão despachar.
Até lá também há expectativa de que seja fechado o contrato com a produtora que gravará os vídeos da campanha. A favorita é a Aldeia Filmes, também localizada no Lago Sul, em Brasília. A produtora fica próxima a casa do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos coordenadores da campanha à reeleição.
Segundo fontes próximas a Bolsonaro, o orçamento foi metade das demais que foram orçadas. A campanha, porém, não divulgou nem os valores do aluguel da casa nem da produtora. Mas há um pedido do presidente para que a campanha não seja cara. O teto previsto pela lei é de R$ 70 milhões. Boa parte disso, preveem os articuladores, deverá ser gasto em reembolsos de combustível que a legislação obriga o presidente a pagar pela utilização de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para se locomover.
Em outra frente, o PL organiza atos simbólicos de filiações com parlamentares que aproveitam a janela partidária para migrar para o partido. Na manhã deste sábado (12), está prevista a presença de Bolsonaro no que será o primeiro desses atos.
O partido tem seguido a orientação do comitê de pré-campanha e distribuído boletins diários que há meses são elaborados pela Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto para a uma rede de militantes bolsonaristas como uma forma de ajudar na divulgação de dados positivos do governo durante a pré-campanha.
A avaliação é de que as verbas de comunicação social no governo caíram de cerca de R$ 3 bilhões anuais nos últimos governos do PT para cerca de R$ 1,7 bilhão no governo Michel Temer (MDB) e quando Bolsonaro assumiu foram reduzidas a aproximadamente R$ 300 milhões, o que, na visão de governistas, prejudicou a divulgação de realizações do governo.
Os boletins são curtos e começam com o questionamento: “Não te contaram? #Nós te contamos”. E trazem dados sobre um ministério em específico e um link com a cesso a informação posta no site da Secom. Procurada, a Secom não se manifestou.
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto pela TV e por nossas plataformas digitais.