Bolsonaro pede soluções a ministros sobre enfrentamento ao STF e inflação
Segundo pessoas presentes no encontro, o presidente não pretende recuar no embate com o ministro da Corte Alexandre de Moraes
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, em reunião realizada nesta quarta-feira (8) com todos seus ministros, ideias e soluções sobre como agir contra o que ele entende ser inquéritos inconstitucionais conduzidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mais especificamente os sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. As informações são da analista de política da CNN Renata Agostini.
Segundo pessoas presentes na reunião, Bolsonaro deu indicações de que não pretende recuar no enfrentamento ao STF, mais especificamente a Moraes. Nos atos de 7 setembro, o presidente chegou a dizer que não vai mais cumprir determinações do ministro do STF.
Moraes é o relator dos inquéritos que apuram a disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos. Recentemente, o magistrado determinou a prisão de apoiadores do presidente por ameaças à Corte, como o ex-deputado Roberto Jefferson.
Segundo alguns dos presentes, na reunião foi discutida até mesmo uma proposta para que o Ministério da Justiça e Segurança Pública encontre uma brecha para que policiais federais possam ter autorização para eventualmente não cumprir decisões judiciais.
Medidas econômicas
Além de pedir ideias e ações para o embate contra o STF, o presidente também solicitou soluções à equipe econômica. Uma delas foi sobre como dar uma resposta à população sobre o aumento da inflação.
Outro ponto abordado foi o objetivo de aumentar o valor de cerca de R$ 300 do novo formato do Bolsa Família.
Reunião de ministros no STF
Segundo a âncora da CNN Daniela Lima, também se reuniram nesta quarta-feira (8) o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro do STF Gilmar Mendes. O encontro serviu para discutir a crise institucional acentuada após as manifestações de 7 de setembro.
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(*Com informações de Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo)
(Publicado por Daniel Fernandes)