Bolsonaro anuncia ajuda ao Líbano e convida Michel Temer para chefiar a missão
Conferência é comandada pelo presidente da França, Emmanuel Macron; país árabe precisa de dinheiro para a reconstrução de Beirute depois das explosões
Em participação da reunião virtual convocada na manhã deste domingo (8) com líderes globais para angariar recursos para a reconstrução de Beirute, Jair Bolsonaro afirmou que “o Brasil não foge a sua responsabilidade” e que mandará insumos e remédios ao Líbano, por meio do avião das Forças Armadas.
“Em um momento que requer a união de esforços internacionais, apresento minhas condolências e solidariedade em nome do povo brasileiro”, disse Bolsonaro. “O Brasil é um dos países que mais recebeu libaneses no mundo e, por essa razão, tudo o que afeta ao Líbano, nos afeta como se fosse o nosso próprio lar e pátria.”
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O discurso de Bolsonaro foi proferido ao longo da reunião virtual convocada pelo presidente francês Emmanual Macron. Para mostrar sua participação, Bolsonaro entrou ao vivo no Facebook para mostrar a sua participação na reunião. Na quarta-feira (5), ele havia declarado que o país ajudaria o Líbano com “algo concreto”.
Bolsonaro disse ainda que convidou o ex-presidente do Brasil, Michel Temer (MDB), para integrar e chefiar a comitiva brasileira que enviará ajuda ao Líbano. Temer é filho de libaneses.
Além do envio de insumos por avião, Bolsonaro revelou que o Brasil mandará ajuda marítima com 4 mil toneladas de arroz para, de acordo com o presidente, “atenuar a perda no país”, bem como uma equipe técnica para auxiliar na apuração e entender o que de fato provocou a explosão.
“Estamos e sempre estaremos ao lado dos nossos irmãos e amigos libaneses. Saibam que podem contar permanentemente com o Brasil”, afirmou Bolsonaro.
Também participam da conferência o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes de países da Europa e do Oriente Médio. Há também representante da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente do Líbano, Michel Aoun, também participa do encontro.
Entenda o caso
A cidade está parcialmente destruída depois de explosões na última terça-feira (4) que deixaram 158 mortes, mais de 6 mil pessoas feridas e mais de 250 mil desabrigados.
A reconstrução deve custar bilhões de dólares, segundo estimativas. Economistas apontam que o PIB pode encolher até 25% em 2020, o dobro da projeção feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril.
Alemanha, Reino Unido, Canadá e Noruega estão entre os países que já anunciaram doações para a reconstrução de Beirute.
(Edição: Marcelo Sakate)