Bolsonaro: Ministros André Mendonça e Jorge Oliveira estão ‘na fita’ para o STF
Presidente terá mais uma vaga neste mandato e disse que o próximo escolhido será impreterivelmente um nome evangélico
Depois de confirmar a indicação do desembargador Kássio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga hoje ocupada por Celso de Mello, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que dois dos seus ministros estão “na fita” para serem indicados à Corte.
Bolsonaro citou os ministros da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Os dois frequentaram as listas de possíveis indicados antes da divulgação do nome de Kassio Marques.
“André não está descartado e nem o Jorge, eles estão na fita também”, disse o presidente, em sua live semanal no Facebook. Bolsonaro afirmou que o próximo indicado para o STF será impreterivelmente uma pessoa evangélica e que tenha boa relação com ele.
Ele defendeu Kassio Marques das críticas de parte da base aliada do governo, por possíveis ligações com a esquerda. Segundo ele, não “tem nada demais” em uma decisão do desembargador que permitiu ao STF comprar lagosta para o cardápio dos ministros da Corte.
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Ele citou a resposta que recebeu de Kassio, corroborando a conclusão do desembargador, de que juízes de primeira instância não deveriam entrar no detalhamento sobre itens da lista de compra.
Indicado pelo presidente José Sarney em 1989, Celso de Mello se aposenta no próximo dia 13, um mês antes de completar 75 anos, quando precisaria deixar o cargo em virtude da idade.
Pelo mandato atual, Bolsonaro teria apenas mais uma vaga a ser aberta, a que hoje é ocupada pelo ministro Marco Aurélio Mello. Indicado pelo presidente Fernando Collor em 1990, Marco Aurélio se aposenta por idade em julho de 2021, caso não peça para deixar o STF antes.
O presidente eleito em 2022 poderá indicar mais dois ministros, com Ricardo Lewandowski e Rosa Weber completando 75 anos no ano seguinte. O ministro com mais tempo de frente para seguir no STF é Alexandre de Moraes, que só alcança a idade limite em 2043.