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    Eleições 2022

    Bolsonaro impulsiona anúncios para tentar se desvincular de Roberto Jefferson

    No domingo, o atual presidente tentou aproveitar as tentativas de homicídio praticada pelo ex-deputado e vinculá-lo ao PT

    Kenzô Machida

    A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) recalcula a rota a ser traçada nesta última semana da reta final das eleições. O maior temor do QG bolsonarista é que o presidente pode ter deixado escapar uma parcela do eleitor que ele mais lutou para conquistar: os moderados, indecisos e que se abstiveram de votar no primeiro turno das eleições.

    De acordo com relatos de interlocutores da campanha feitos à CNN, um dos esforços para tentar minimizar a crise começou na noite do último domingo (23) quando a campanha do presidente impulsionou anúncios para desvincular a imagem do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, como aliado de Bolsonaro.

    O material explicava a relação dos dois, mas já dava o tom da declaração do presidente feita na live de sua campanha na tarde deste domingo, quando Bolsonaro disse que nem sequer teria alguma foto com Jefferson. O que não era verdade. Outro tom adotado nas postagens impulsionadas pela campanha era o de que Bolsonaro dizia que o tratamento dispensado a quem atira em policial é deveria ser o de bandido e prestava solidariedade aos policiais feridos no episódio.

    A campanha do presidente acredita que ele não perdeu votos, mas há uma preocupação que ele deixe de ganhar. Uma das apostas para tentar reavivar o sentimento anti-PT é tentar desgastar a imagem do ex-presidente e adversário no segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Ainda no domingo, Bolsonaro tentou aproveitar as tentativas de homicídio praticada por Jefferson e vinculá-lo ao PT, retrocedendo ao escândalo do mensalão, que estourou em 2005 e pelo qual o ex-deputado foi condenado.

    Aliados seguiram o mesmo tom nas redes sociais e compartilharam fotos, ao longo do domingo, de Roberto Jefferson ao lado de Lula, no começo do governo do petista, mas integrantes do QG bolsonarista reconhecem que a estratégia ainda não surtiu o efeito esperado. O contra-ataque dos petistas foi o de expor imagens de Bolsonaro com Jefferson no gabinete presidencial.