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    Bolsonaro fala sobre greve de caminhoneiros, vacinas e privatizações; assista

    O presidente saiu para andar de moto em Brasília neste sábado (30) e concedeu duas entrevistas

    Matheus Prado,

    da CNN

     

     

    O presidente Jair Bolsonaro saiu para andar de moto em Brasília neste sábado (30) e concedeu duas entrevistas, abordando temas como a greve dos caminhoneiros, compra de vacinas contra o coronavírus e privatizações.

    Greve dos caminhoneiros

    Uma greve dos caminhoneiros, como a de 2018, foi convocada por alguns integrantes da categoria para esta segunda-feira (1º). É difícil cravar, com certeza, se haverá ou não a paralisação, nem se será maior ou menor que a de três anos atrás.

    Isto porque a categoria dos caminhoneiros é muito pulverizada, representada por diversas entidades de classe, e a comunicação entre os trabalhadores é feita de forma não centralizada, por grupos de WhatsApp.

    Nessa linha, Bolsonaro apelou aos caminhoneiros que desistissem do movimento e afirmou que o governo está fazendo possível para atender os pedidos da categoria.

    “Eu fui em cima da Petrobras… para pegar números, porque eu não interfiro na Petrobras. O Roberto Castello Branco me disse que o preço dos combustíveis varia com o dólar. Por mim, baixava o preço do dólar, mas está difícil”, diz.

    Segundo o presidente, a estatal afirmou que, mesmo assim, o preço do combustível brasileiro é o mais barato entre os BRICS e um dos mais baixos do G20. Uma redução do PIS/Cofins, segundo Bolsonaro, também é díficil.

    “O PIS/Cofins está em R$ 0,33 por litro do diesel. Para abaixar cada centavo eu tenho que conseguir R$ 800 milhões. Já falei com o Paulo Guedes para tentar encontrar no Orçamento estes cerca de R$ 26 bi que precisamos para zerar o imposto”, afirma. Anteriormente, o governo havia falado apenas em suavizar a alíquota, e não levá-la a zero.

    Vacina

    Questionado sobre a vacina russa Sputnik V, o mandatário afirmou que “caso a Anvisa aprove, vamos comprar”. “Eu tenho um cheque de R$ 20 bilhões assinado para comprar os imunizantes, só precisamos da aprovação”, diz.

    Apesar disso, voltou a questionar o fechamento das cidades e a eficácia das vacinas emergenciais. “Sabe quanto tempo dura a vacina? Já me falaram que é algo em torno de seis meses. Vamos ter que conviver com isso. Eu já disse, temos que cuidar dos idosos e das pessoas com comorbidades e resto dos brasileiros precisa trabalhar.”

    Afirmou, no entanto, que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, está trabalhando para que o Brasil desenvolva sua própria vacina. “O Marcos Pontes está procurando R$ 300 milhões no Orçamento para que possamos desenvolver nossa própria vacina. Está complicado, mas seria a melhor solução.”

    Privatizações

    Após dizer que, “se Deus quiser”, Arthur Lira (PP-AL) seria eleito presidente da Câmara, o presidente foi mais contido neste sábado. “Sou simpático ao Arthur Lira e sou simpático ao Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O que a gente precisa é que o Parlamento volte a trabalhar”, diz.

    Questionado sobre as pautas priotárias para o governo no legislativo, ele citou “reformas, privatização da Eletrobras e dos Correios, regulação fundiária”. “O importante é pautar. Se perdermos, é do jogo. A decisão é do plenário. Já conversei com o Lira para ele pelo menos pautar as privatizações.”

    Nessa linha, afirmou ainda que o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não pautou as privatizações no Congresso pois é “aliado de partidos de esquerda, que são estatizantes”. “A gente quer privatizar, mas é difícil”, afirma.