Bolsonaro evita contato com turistas no Alvorada, mas minimiza coronavírus
Ao parar na saída do Palácio da Alvorada desta segunda-feira (16), Jair Bolsonaro já desceu do carro alertando aos turistas que não iria repetir o gesto do dia anterior — que tem o hábito de fazer todas as manhãs: “Vamos evitar apertar a mão aí”.
No entanto, logo em seguida, o presidente da República pediu que os apoiadores presentes se aglomerassem em um canto da área reservada a eles, longe dos jornalistas que acompanham, diariamente, a portaria do Alvorada.
Quando uma turista pediu para que Bolsonaro tirasse uma “selfie” com ela, foi orientada pela segurança presidencial a não entregar o aparelho celular ao presidente, mas sim bater a foto ela mesma, à distância.
As atitudes cautelosas do presidente e da segurança foram diferentes das tomadas no domingo (15), em frente ao Palácio do Planalto. Na ocasião, Bolsonaro cumprimentou apoiadores pelas mãos e tirou, ele mesmo, fotos a partir de celulares das outras pessoas, durante as manifestações a favor do governo e contra o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal).
Nesta segunda, na saída do Alvorada, o presidente fez um pequeno balanço das manifestações a um dos turistas: “Foi surpreendente o que aconteceu na rua, até com esse superdimensionamento”.
Bolsonaro também minimizou os alardes sobre a pandemia: “Que vai ter problema, vai ter. Quem é idoso, quem tá com um problema, quem tem deficiência. Mas não é tudo isso o que dizem. Na China praticamente está acabando.”
O presidente ainda aproveitou a conversa com turistas para criticar a imprensa: “Imprensa mentirosa aí. Capa dos jornais aí falando que eu estou falando para fechar o Congresso, Supremo. Nunca falei isso, nada. Tudo é mentira. O tempo todo”.
Após conversar com apoiadores, Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada sem falar com jornalistas. O presidente seguiu direto para o Palácio do Planalto, embora a agenda oficial esteja “sem compromissos oficiais”.
