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    Bolsonaro escala ex-Secom para intermediar demissão de ministro da Educação

    Reunião entre Wajngarten e Ribeiro foi confirmada por fontes do Planalto

    Caio Junqueirada CNN

    O presidente Jair Bolsonaro escalou o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, para ajudá-lo no processo de demissão do agora ministro da Educação Milton Ribeiro, segundo interlocutores do ex-secretário e do Palácio do Planalto.

    Bolsonaro e Wajngarten conversaram durante o final de semana e segundo fontes do Palácio do Planalto o presidente deu a ele a missão de sugerir a Milton Ribeiro que se exonerasse do cargo.

    O motivo era que no sábado (26), em conversa a sós entre Bolsonaro e Milton, o presidente não conseguiu sugerir que fosse demitido.

    Wajngarten então foi acionado no domingo (27) e conversou com Milton Ribeiro no final do dia, quando lhe disse que sua permanência no cargo estava contaminando o governo. Alertou-o ainda de que uma carta de demissão seria redigida para que ele refletisse sobre a demissão.

    A todo instante, o presidente da Frente Parlamentar dos Evangélicos, deputado Sóstenes Cavalcante, o pastor Silas Malafaia e o ex-senador Magno Malta foram sendo informados do processo. A ideia era que eles aguardassem a confirmação da saída antes de atacar o ministro.

    Wajngarten é uma liderança da comunidade judaica, mas também um importante elo entre Bolsonaro e evangélicos, tendo sido responsável por apresentar ao então deputado federal Jair Bolsonaro muitas das lideranças evangélicas do país.

    Com a saída, os evangélicos levaram uma sugestão a Bolsonaro: que ele mantenha o secretário-executivo, Victor Godoy, como interino e ao final das investigações contra Milton Ribeiro, se nada for provado contra ele, que o ministro demitido nesta segunda-feira (28) retorne ao cargo. Há um cálculo eleitoral aí: isso deve ocorrer próximo a campanha eleitoral e seria vendido na campanha como um triunfo eleitoral.