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    Bolsonaro e PL estão dispostos a gastar energia com o vice da Câmara, diz Ramos

    Sigla entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a permanência do parlamentar no cargo

    Douglas PortoGabriela Coelhoda CNN , em São Paulo e Brasília

    O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), declarou, nesta segunda-feira (9), em entrevista à CNN, que o presidente Jair Bolsonaro e o Partido Liberal (PL), estão dispostos a gastar energia para lhe retirar do seu atual cargo.

    Em 29 de abril, Ramos apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação na qual pedia que PL se abstivesse de influenciá-lo ou coagi-lo, diretamente e, no exercício de sua função. O ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente da Corte, concedeu uma liminar para o deputado continuar no cargo.

    “Eu tive 396 votos de 451 votantes na eleição para a vice-presidência da Câmara dos Deputados. Eu tenho uma liminar deferida pelo ministro Alexandre de Moraes que impede o PL de tomar qualquer providência relativa a restrições ao exercício do mandato que foi conferida a mim pelo povo do Amazonas e na mesa pela esmagadora maioria dos deputados e deputadas”, disse Ramos.

    “Mas sinceramente, eu não acho que isso deva ser objeto das minhas energias nesse momento. O presidente, o próprio PL estão muito dispostos a gastar energia com o cargo de vice-presidente da Câmara”, continua.

    Segundo o parlamentar, a partir de meados do ano passado, passou a ser “alvo de críticas e perseguições de toda a ordem, tudo isso a partir da informação de que o presidente Bolsonaro poderia passar a compor o Partido Liberal”.

    Em 7 de dezembro, “recebeu notificação encaminhada pelo presidente nacional do Partido Liberal [Valdemar da Costa Neto], comunicando que a sua permanência no quadro de filiados da agremiação causaria indiscutivelmente constrangimentos de natureza política para ambas as partes e que por isso manifestava anuência quanto à desfiliação”. No mesmo dia Ramos saiu da sigla.

    Na decisão de abril deste ano, Moraes afirmou que “o PL não pode, ainda que pelas vias transversas, ameaçar, impedir, influenciar ou coagir o parlamentar no exercício de suas funções dentro da Casa Legislativa, em razão do mandato que atualmente lhe pertence.”

    Ramos afirma estar disposto a “gastar energia com a reafirmação do meu compromisso democrático que eles colocam em risco”. E ainda a solucionar os problemas do Brasil, como o desemprego, a fome, inflação e o preço do diesel.

    O deputado sugere que Bolsonaro “pense menos e gaste menos energia comigo e gaste mais energia com desemprego, com fome, com inflação, com tarifa de transporte coletivo porque é isso que o Brasil espera dele.”

     

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