Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Bolsonaro diz que Toffoli está equivocado ao falar em ‘atitudes dúbias’

    Para o presidente, não se justifica o presidente do STF "estar apavorado com 'faixa de AI-5'"

    Anna Satie, da CNN

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, de que teria atitudes dúbias em relação à defesa da democracia. 

    “Ele falou a opinião dele, eu respeito, mas ele está completamente equivocado, se realmente falou isso daí”, disse Bolsonaro, na noite desta quarta-feira (10). “Não vai mudar em nada os contatos que tenho com ele para discutir questões nacionais”. 

    O presidente continuou, dizendo que não se justificaria um medo de AI-5. “Acho que não justifica, pessoas com responsabilidade, togado, jurista, experiente, estar apavorado com faixa de AI-5”, falou.

    Por diversas vezes, o presidente foi à manifestações a favor de seu governo que tinham cartazes que pediam intervenção militar e a volta do Ato Institucional nº 5, que decretou o fechamento do Congresso, em 1968. 

    Em uma videoconferência na terça (9), Toffoli disse que o presidente tinha uma “dubiedade que assusta a sociedade brasileira e a comunidade internacional”. 

    Essa temor de que fala Toffoli foi tema de uma reportagem no jornal americano The New York Times, que lista episódios como o do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), dizendo que uma ruptura institucional não seria uma questão de “se”, mas de “quando”.

    O presidente também comentou a reportagem. “A imprensa é meio parecida no mundo todo. Eu vou dar golpe em mim mesmo? Onde vocês ouviram uma palavra minha que pudesse ferir o Estado democrático de direito?”, questionou. 

    “Do nosso lado, raramente tem aí uma faixa que diz AI-5. Não sei porque o ministro do Supremo fica preocupado com isso, não existe AI-5, é falar em boitatá, bicho-papão, mula-sem-cabeça”, concluiu.

    A embaixada do Brasil nos Estados Unidos enviou uma carta ao jornal em que diz que nenhum líder ou analista político acredita que uma intervenção militar no Brasil seria provável e que nenhum militar de alta potente é a favor de ações nesse sentido.

    “A reportagem também supervaloriza desacordos e fricções que são naturais em uma democracia vibrante e pinta uma narrativa exagerada”, diz o texto. 

    Tópicos