Bolsonaro diz que definirá nesta semana extensão do auxílio emergencial
Em lançamento de projeto de segurança hídrica, presidente afirmou que também decidirá sobre questão do preço do diesel
O presidente Jair Bolsonaro participou nesta segunda-feira (18) do evento de lançamento da Jornada das Águas, projeto do Ministério do Desenvolvimento Regional para ações de preservação de recursos hídricos. Em São Roque de Minas (MG), Bolsonaro disse que decidirá sobre questões do auxílio emergencial e do preço do diesel nesta semana.
“Buscamos resolver os problemas de imediato. Se deus quiser, nesta semana resolveremos a extensão do auxílio emergencial, e também a questão do preço do diesel”, afirmou. O benefício está previsto para acabar em novembro.
Para o presidente, a ajuda financeira é essencial neste momento de pressão sobre a economia mundial. “O mundo todo tem uma inflação acima do esperado. Tem certos países enfrentam desabastecimento de alimentos e crise energética (…) Se não fosse o auxílio, aqueles com empregos informais teriam passado necessidades terríveis”, disse.
Fim da CPI
Bolsonaro voltou a fazer críticas à Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que deve entregar o relatório final nesta semana, recomendando o indiciamento do presidente por diversos crimes.
“No relatório da CPI, me acusam de retardar a compra de vacina. Exigi ao ministro que a compra de vacina fosse feita somente após certificação da Anvisa e pagar só depois que receber, e assim foi feito”.
O presidente voltou a defender a liberdade da população em não se vacinar e condenou os passaportes de vacina. “Não adianta chamar o governo de negacionista, gastamos mais de R$ 20 bilhões em vacinas. Vacinas, muitas ainda experimentais. A liberdade de tomar é de vocês, não se pode perseguir quem não tomou. Alguns estados estão com essa sanha”, declarou.
Durante sua fala, Bolsonaro saudou os profissionais de saúde pelo “Dia do Médico”, celebrado hoje, e defendeu a orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM) referente à autonomia médica e a relação com o paciente.
“A orientação do CFM defende a autonomia do médico. Se não tem medicamento específico, vocês tem o dever e liberdade em comum acordo com paciente para receitar-lhe algo não previsto na bula. Vivemos no Brasil a politização de uma doença. A história dirá quem estava certo”, disse o presidente.
O evento também contou com a presença do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e com os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite.