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    Bolsonaro diz que cartão corporativo pagou retirada de brasileiros na China

    Presidente critica reportagem sobre aumento de gastos em sua gestão e diz que recurso custeou parte da operação para buscar cidadãos no país asiático

    Da CNN, em São Paulo

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que parte dos custos da operação da Força Aérea Brasileira para resgatar brasileiros retidos na China, no início da pandemia no novo coronavírus, em fevereiro, foi paga com seu cartão corporativo.

    Em conversa com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente, Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (11) que a imprensa é mau-caráter por criticar o aumento nas despesas de seu cartão.

    “(…) a imprensa, como sempre, criticando o [uso do] cartão corporativo. Só que os caras são tão mau-caráter que não diz (sic) que parte da operação na China com três aviões da Força Aérea [Brasileira], por ser avião militar, foi financiado com cartão corporativo meu”, disse o presidente.

    “Fica parecendo que eu mando… que eu tô usando o cartão para fazer festa. Falta de caráter e de responsabilidade dessa imprensa aí”, completou. Um vídeo com a declaração foi compartilhado pelo próprio Bolsonaro em sua conta no Twitter.

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    Ao criticar a imprensa, Bolsonaro se referia a uma reportagem publicada no domingo (10) pelo jornal Folha de S.Paulo que apontava o aumento na fatura do cartão corporativo.

    O levantamento do jornal, feito com base em dados do Portal da Transparência do governo federal, aponta que a média de gastos do atual governo é de R$ R$ 709,6 mil por mês contra R$ 441,3 mil na gestão de Michel Temer (2016-2018) e R$ 686,5 mil no governo de Dilma Rousseff (entre 2013 e 2016, período dos dados disponíveis no site), considerando valores corrigidos pela inflação do período.

    De acordo com manual disponível no site do Tesouro Nacional sobre a utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal, nome oficial dos cartões corporativo, o recurso pode ser usado, entre outras coisas, para o “pagamento de diária de viagem a servidor”.

    Já o decreto 6.370/2008, que trata da utilização do cartão corporativo no Governo Federal, determina que o recurso pode ser utilizado para “atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento”.

    No entanto, o detalhamento das despesas do cartão corporativo está sob sigilo. Dessa forma, não é possível saber o quanto a operação de resgate de brasileiros em Wuhan representou em relação ao total dos gastos no cartão do presidente.

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