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    Bolsonaro diz a interlocutores que não retirará indicação de Mendonça ao STF

    Segundo essas fontes, a eventual retirada não tem sido sequer motivo de debate dentro do Palácio do Planalto, e é difícil que o presidente opte por esse caminho

    Caio Junqueira

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a dois interlocutores que pretende deixar para o Senado o eventual ônus político de uma rejeição do nome de André Mendonça para o STF (Supremo Tribunal Federal), em vez de retirar a sua indicação.

    Segundo essas fontes, a eventual retirada não tem sido sequer motivo de debate dentro do Palácio do Planalto, e é difícil que o presidente opte por esse caminho.

    Primeiro porque seria capitular a pressão política liderada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo porque ele iria romper com o compromisso feito com evangélicos, segmento relevante de seu eleitorado.

    Alcolumbre irredutível

    A articulação política do governo tem visto Alcolumbre irredutível em sua estratégia de postergar o agendamento da sabatina.

    O argumento central que tem sido utilizado com ele é o de que metade do eleitorado do seu estado, o Amapá, é evangélico, portanto, poderá ter rejeição a ele nas eleições de 2022, quando ele concorre à reeleição.

    Quem está à frente da operação diz também que o próprio presidente tem buscado se reaproximar de Alcolumbre.

    Na terça-feira (14), o senador esteve no Planalto para receber uma condecoração do ministro das Comunicações, Fabio Faria. O presidente, segundo fontes, disse a Alcolumbre ao descer a rampa que sentia a falta dele e pediu ajuda no Senado, Casa que tem apresentado dificuldades ao governo.

    Não foi o suficiente para convencê-lo. Alcolumbre tem dito que até outubro deverá agendar a sabatina.

    São dois os principais motivos da insatisfação dele com o Planalto.

    Primeiro, ele avalia que o governo federal não o socorreu na crise de energia do Amapá, o que teria custado a eleição de seu irmão para prefeito de Macapá. Segundo que o governo não estaria cumprindo os acordos firmados para a eleição de Rodrigo Pacheco na Câmara referentes à destinação de emendas parlamentares a aliados.

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