Bolsonaro desiste de recriar Ministério da Segurança e avalia extinguir Turismo
Presidente avisou aliados que pretende fazer mudanças por causa das restrições orçamentárias do governo
O presidente Jair Bolsonaro avisou a auxiliares e aliados que desistiu de recriar o Ministério da Segurança Pública neste ano e que avalia até mesmo extinguir algum dos atuais 23 ministérios, por causa das restrições orçamentárias do governo.
A informação foi confirmada à CNN por três fontes próximas ao presidente, sendo dois auxiliares da ala militar que dão expediente no Palácio do Planalto e um aliado político que costuma frequentar semanalmente o Palácio da Alvorada.
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Segundo essas fontes, Bolsonaro tem dito que um dos ministérios que avalia extinguir é o do Turismo. Nesse caso, a ideia seria transferir as funções da pasta para o Ministério da Cidadania e para a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).
Segurança Pública
Em junho, Bolsonaro havia admitido em entrevista que poderia recriar o Ministério da Segurança Pública, hoje vinculado à pasta da Justiça, até o final deste ano. Ele chegou, inclusive, a fazer essa promessa à chamada “bancada da bala” do Congresso.
À CNN, o coordenador da bancada, deputado Capitão Augusto (PL-SP), afirmou que ainda não foi comunicado oficialmente da decisão, mas disse que já esperava. “Esperávamos para outubro. Como o governo não chamou mais, achávamos que não sairia mesmo”, comentou.
O último ministério criado por Bolsonaro foi o das Comunicações, em junho deste ano. A pasta ganhou a maioria dos cargos comissionados que estavam disponíveis. Na sexta-feira (11), uma lista dessas nomeações foi publicada no Diário Oficial da União.
A proposta orçamentária da União para 2021 prevê que o governo só poderá gastar livremente, as chamadas despesas discricionárias, cerca de R$ 96 bilhões. Isso equivale a 6% do Orçamento, que projeta despesa total de R$ 1,5 trilhão. Procurado, o Planalto disse que não comentaria.