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    Bolsonaro deixa Alvorada e vai a confeitaria com ministro Ramos

    Os dois se reuniram no apartamento do ministro da Secretaria de Governo

    Estadão Conteúdo

    O presidente da República, Jair Bolsonaro, deixou o Palácio da Alvorada neste sábado, 23, para se encontrar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

    O presidente saiu da residência oficial por volta das 16 horas e foi a uma quadra na Asa Sul, onde o ministro mora.

    Juntos foram a uma confeitaria e, em seguida, para o apartamento do ministro, onde ficaram por cerca de uma hora e meia. O encontro foi divulgado por Ramos em sua conta no Twitter.

    “Receber a visita de ‘surpresa’ de um Amigo, hoje Pres da República, em minha casa é uma alegria e privilégio !! Sua simplicidade e franqueza norteou nossa conversa de Velhos Amigos”, escreveu o ministro.

    Bolsonaro chegou a cumprimentar alguns apoiadores, mas ouviu entre os tradicionais gritos de “mitos” também outros de “fora Bolsonaro” além de xingamentos.

    Na saída, após falar com alguns apoiadores ainda no saguão do prédio, Bolsonaro se aproximou de um grupo maior de pessoas, contudo, ao ouvir xingamentos, retornou rapidamente ao carro e saiu.

    De lá, o presidente foi para o Sudoeste, bairro de Brasília próximo ao Plano Piloto, onde mora Jair Renan Bolsonaro, conhecido como “04”.

    Ao sair do prédio onde mora o filho, o presidente foi cercado por apoiadores e disse que a maior recompensa que tem no cargo é ser reconhecido pela população.

    “Quero entregar esse Brasil melhor para quem me suceder no futuro”, afirmou.

    Cachorro-quente sob panelaço e gritos de ‘mito’

    Antes de retornar para o Palácio da Alvorada, Bolsonaro parou para comer um cachorro-quente e tomar um refrigerante de lado de fora de um estabelecimento em uma quadra da Asa Norte de Brasília.

    Cercado pelo cordão de isolamento feito por seus seguranças, Bolsonaro escutou palavras de apoio de pessoas que estavam próximas, como “mito”, “você é um herói”. Ouviu ainda de apoiadores que “já estava reeleito”.

    Com a máscara no queixo, ele parou tirar fotos depois que comeu.

    Da parte residencial da quadra, contudo, ouviam-se panelaços vindos das janelas dos apartamentos. Manifestações contrárias também foram ouvidas de pessoas que passavam de carro.

    Gritos como “fascista”, “fora Bolsonaro”, “genocida” foram ouvidos.

    Bolsonaro se recusou a responder perguntas e disse que só falaria “sobre futebol”. Ele também acusou a imprensa de fazer aglomerações e chamou os repórteres de “chatos para caramba”.

    Logo após pedir o cachorro-quente, o presidente questionou se poderia comer no local, que não tinha mesas ou cadeiras do lado de fora.

    Decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em razão da pandemia do novo coronavírus proibiu no início de abril o consumo de alimentos e bebidas em estabelecimentos comerciais.

    “Vou consumir onde? Vou comprar e comer onde? Não posso comer aqui fora, não?”, perguntou o presidente da República.

    Contrariando norma local, o atendente do “Cachorro quente do Edivaldo” confirmou que o presidente poderia comer no lugar. O chefe do Executivo comeu em pé enquanto ouvia apoiadores e opositores.

     

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