Bolsonaro começa a estruturar equipe de campanha à reeleição
Ideia é que presidente tenha comitês eleitorais em Brasília e no Rio de Janeiro e que sua equipe conte com integrantes do PL e do PP
Com a aproximação da disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a estruturar a equipe que coordenará a sua campanha à reeleição ao Palácio do Planalto.
Segundo relatos de integrantes do governo e do PL, seis nomes já são citados para o comitê de campanha do candidato, que deve ter bases eleitorais tanto em Brasília como no Rio de Janeiro.
O grupo é formado até o momento pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e pelos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, e da Justiça, Anderson Torres.
Além deles, a equipe tem contado com as colaborações do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e do senador Jorginho Mello (PL-SC).
A intenção do presidente é de que seu filho mais velho seja o coordenador de sua campanha à reeleição. Como Flávio foi eleito em 2018, ele não disputará a reeleição em 2022, tendo disponibilidade para comandar a estrutura.
Como a CNN Brasil mostrou na sexta-feira (14), o PL, partido do presidente, pretende apresentar em fevereiro a Bolsonaro um diagnóstico de seu desempenho eleitoral nas unidades federativas.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil por três líderes do partido, a legenda encomendou pesquisas eleitorais para avaliar a opinião da população sobre o presidente.
Em conversas reservadas, dirigentes da sigla defendem que o mandatário faça lives semanais mais curtas, focadas em apenas três temas, evitando, assim, declarações polêmicas.
Nas palavras de um parlamentar do partido, o cenário das próximas eleições é diferente ao de 2018 e seria mais adequado, neste momento, que o presidente fosse mais comedido em suas declarações, assumindo uma postura mais presidencial.
O diagnóstico do partido, baseado em pesquisas eleitorais divulgadas até agora, é que o discurso do presidente contra a vacina, sobretudo de crianças de 7 a 11 anos, têm aumentado seus índices de rejeição.
Além disso, consideram que é o momento de o presidente abandonar a chamada pauta de costumes e priorizar um discurso econômico, com propostas para a redução dos índices inflacionários.
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