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    Bolsonaro ainda resiste a ficar em silêncio em depoimento à PF, dizem fontes

    Além de Bolsonaro, a PF vai ouvir a ex-primeira-dama Michelle e mais seis envolvidos na investigação

    Clarissa Oliveirada CNN

    O martelo não está batido, mas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue contrariado com a ideia de permanecer calado no depoimento que dará sobre o caso das joias recebidas de presente em eventos oficiais e comercializadas no exterior.

    Segundo relatos feitos à CNN por interlocutores, o ex-presidente foi aconselhado desde o primeiro momento a adotar uma espécie de pacto de silêncio como centro da estratégia para o depoimento desta quinta-feira (31) na Polícia Federal.

    Bolsonaro avalia, entretanto, que o silêncio pode até lhe dar segurança do ponto de vista jurídico, mas teria potencial de implicá-lo demais politicamente. A tese é que o fato de permanecer calado poderia soar como uma espécie de confissão de culpa.

    Ainda assim, o ex-presidente vem sendo alertado insistentemente para o fato de que será difícil demais controlar oito depoimentos simultâneos.

    A Polícia Federal decidiu ouvir de uma vez só Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle e mais seis envolvidos na investigação: os ex-ajudantes de ordens Mauro Cid, Osmar Crivellati, e Marcelo Câmara; o general Mauro Lourena Cid (pai de Mauro Cid), o advogado Frederick Wassef e o ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten.

    A estratégia da PF foi recebida no entorno de Bolsonaro como uma espécie de “acareação” disfarçada. Em conversas reservadas, o ex-presidente tem dito que confia em Mauro Cid e não acredita que o ex-ajudante de ordens vá de fato embarcar num plano de delação, apesar da colaboração cada vez mais estreita do ex-auxiliar com a Polícia Federal.

    VÍDEO: Perguntas da PF a Bolsonaro sobre joias já estão prontas