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    Bolsonaristas ‘midiáticos’ dificultam articulação com Congresso, diz líder

    Deputado Vitor Hugo defendeu, em entrevista à CNN, agir com "estratégia" para que governo promova a aprovação de pautas ideológicas

    Da CNN

    A saída da deputada Bia Kicis (PSL-DF) da vice-liderança do governo na Câmara dos Deputados foi vista como um enfraquecimento da ala mais radical e ideológica do bolsonarismo. A deputada perdeu o posto após contrariar a orientação do governo e votar contra a proposta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

    Comentando a postura dos sete deputados que votaram contra o Fundeb, o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo, disse em entrevista à CNN que bolsonaristas mais “midiáticos” dificultam a articulação política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional.

    “Alguns perfis que têm uma pegada muito midiática, que fazem os vídeos e falam, mas no dia a dia da construção, da solução daquilo que interessa para a nossa perspectiva, esse embate destrói o canal de diálogo”, afirmou.

    Vitor Hugo disse que evita fazer determinadas críticas e posicionamentos para que possa “construir pontes” como líder do governo.

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    “Se nós divergirmos nessa votação, esse era o meu argumento, nós vamos dar margem para que a esquerda nos acuse de que não seria uma vitória do governo”, argumentou.

    Segundo o deputado, os movimentos mais recentes, que incluíram a saída de Bia Kicis, visaram “corrigir esse tipo de instabilidade”.

    Na mesma entrevista, Vitor Hugo disse não haver qualquer indicação por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que ele vá deixar a liderança do governo na Câmara dos Deputados. A CNN apurou que o presidente cogita substitui-lo pelo ex-ministro da Saúde e deputado Ricardo Barros (PP-PR). 

    Pautas ideológicas

    Falando à CNN, o deputado Vitor Hugo se defendeu das críticas de bolsonaristas de que sua articulação enfraqueceria as pautas ideológicas do governo. “Nenhuma das nossas pautas vai ser abandonada”, afirmou.

    O líder citou a ampliação da posse e do porte de armas como “uma pauta crucial”, que ele vai conduzir “com estratégia”. “[Vamos conseguir] vitórias concretas mesmo com o debate ideológico à margem”, disse.

    Ele também defendeu a atual construção para a proposta de prisão após condenação em segunda instância. Está em gestação uma articulação segundo a qual, em vez de valer para todos os casos atuais, a execução antecipada da pena seria aplicada apenas aos casos futuros.

    Vitor Hugo citou o projeto de lei anticrime, do ex-ministro Sergio Moro, como prova do compromisso do governo com a pauta. “Nós chegamos a esse modelo, que o governo também aprova, que estabelece o trânsito em julgado a partir da segunda instância”, disse.

    Twitter

    O líder do governo na Câmara disse respeitar o Supremo Tribunal Federal (STF), mas que estava “extremamente preocupado com avanços desse inquérito [das fake news]”. No bojo dessa ação, o ministro Alexandre de Moraes determinou a derrubada de contas de 16 perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

    Apesar da decisão, perfis de bolsonaristas contornaram o STF nessa tarde e alteraram a localização das contas para o Estados Unidos, uma vez que a restrição aplicada pela rede social vale apenas para o Brasil.

    (Edição: Bernardo Barbosa)